Microsoft assume o controle de sites usados por grupo hacker apoiado pela China
A Unidade de Crimes Digitais da Microsoft afirma que isso não vai parar o grupo, mas reconhece que retirou deles uma das ferramentas mais importantes de atuaçãoBy - Luiz Nogueira, 7 dezembro 2021 às 17:05
Após uma decisão do tribunal federal da Virgínia, a Unidade de Crimes Digitais da Microsoft revelou que assumiu o controle de uma série de sites usados por um grupo de hackers apoiado pelo governo chinês que tinha como alvo organizações de 29 países.
Segundo a empresa, os endereços maliciosos, que estavam sendo usados pelo grupo de cibercriminosos Nickel, tinham como tarefa coletar informações de agências governamentais, grupos de reflexão e organizações de direitos humanos.
Apesar da Microsoft não ter citado os alvos do grupo, disse que as organizações estavam situados no Brasil, Argentina, Barbados, Bósnia e Herzegovina, Bulgária, Chile, Colômbia, Croácia, República Tcheca, República Dominicana, Equador, El Salvador, EUA, França, Guatemala, Honduras, Hungria, Itália, Jamaica, Mali, México, Montenegro, Panamá, Peru, Portugal, Suíça, Trinidad e Tobago, Reino Unido e Venezuela.
A Microsoft, que rastreia o grupo desde 2016, descreveu os criminosos como um dos grupos “mais ativos” que visam agências governamentais. A decisão de investigá-los veio após um ataque envolvendo um malware que facilitava a vigilância e o roubo de dados.
“Obter o controle dos sites maliciosos e redirecionar o tráfego desses sites para os servidores seguros da Microsoft nos ajudará a proteger as vítimas existentes e futuras enquanto aprendemos mais sobre as atividades do Nickel”, disse Tom Burt, vice-presidente corporativo da Microsoft.
Ele completa: “Nossa interrupção não impedirá que o grupo continue suas atividades, mas acreditamos que removemos uma peça-chave da infraestrutura da qual o grupo depende”.
A Microsoft afirma que, até então, sua Unidade de Crimes Digitais, por meio de 24 ações judiciais, derrubou mais de 10 mil sites usados por cibercriminosos.
Via: TechCrunch
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