A disputa entre Sony e Microsoft pelo futuro de Call of Duty ganhou mais um capítulo. Recentemente, a fabricante de Xbox afirmou ao New York Times que ofereceu um contrato para manter a franquia no PlayStation por uma década.

O acordo de 10 anos teria sido oferecido no último dia 11 de novembro, mas até o momento, a Sony se recusou a comentar sobre o assunto. O futuro de Call of Duty como um produto multiplataforma tem sido amplamente examinado por órgãos reguladores de todo o mundo.

Isso porque a Microsoft adquiriu a Activision Blizzard no início de 2022 por US$ 68,7 bilhões. Até então, 16 governos analisaram o acordo de aquisição, mas apenas a Arábia Saudita e o Brasil aprovaram o processo.

Exclusividade de Call of Duty no Xbox?

https://youtu.be/r72GP1PIZa0

Tudo começou quando a Sony emitiu uma resposta pública sobre a compra da Activision Blizzard, afirmando que Call of Duty é uma franquia enorme e que a possibilidade de ela se tornar exclusiva de Xbox seria um problema.

Apesar de Phil Spencer, o chefe de Xbox ter afirmado publicamente que não é do interesse da Microsoft tornar a franquia de tiro em primeira pessoa em um produto exclusivo, o chefe da divisão PlayStation, Jim Ryan, se mantém cético sobre o assunto.

Isso foi levado em consideração pelos órgãos reguladores do Reino Unido e da Europa, que decidiram expandir as investigações referentes ao acordo de aquisição. Em resposta, a fabricante de Xbox disse que está disposta a fazer concessões sobre o futuro de Call of Duty.

Xbox Activision Blizzard

Imagem: Microsoft

Além disso, a Autoridade de Mercados e Concorrência do Reino Unido (CMA) anunciou que “considera Call of Duty suficientemente importante para se perder acesso, o que poderia impactar significativamente os negócios, receitas e base de usuários da Sony”.

Ainda assim, Spencer tornou a dizer, desta vez ao podcast The Verge recentemente (referindo-se possivelmente à oferta de 10 anos), que “não tem problema com um compromisso de longo prazo com o qual a Sony e os órgãos reguladores se sentiriam confortáveis”.

O que disse a Sony à Microsoft?

Respondendo à decisão do CMA em setembro, a Microsoft chamou atenção do órgão para preocupações desniveladas e alegou que “as reclamações da Sony estavam sendo levadas em consideração sem nível apropriado de visão crítica”.

Os chefes de Xbox e PlayStation - Phil Spencer e Jim Ryan - estão brigando por causa da proposta da Microsoft de comprar a Activision

Os chefes de Xbox e PlayStation – Phil Spencer (esq.) e Jim Ryan (dir.) – vêm brigando pela manutenção da franquia Call of Duty no console da Sony, mas o assunto ainda deve render muita discussão (Imagem: The Game Awards/IGN/Reprodução)

Mais recentemente, ao New York Times, a copanhia de Redmond acusou a Sony de enganar os órgãos reguladores e que a fabricante de PlayStation “exagerou na importância de Call of Duty para sua viabilidade”.

Ryan, por sua vez, negou que sua empresa possa ter enganado os órgãos reguladores. O chefe de PlayStation argumenta que as opções multiplataforma dos jogadores possam desaparecer caso a aquisição da Activision Blizzard vá adiante, e afirmou que a Microsoft “é uma gigante da tecnologia com uma longa história de domínio das indústrias”.

Por fim, ainda no podcast do The Verge, Spencer anunciou que o Xbox pretende lutar para manter o negócio, e cravou que o acordo se trata principalmente da aquisição da King Digital Entertainment, que além de fazer parte do conglomerado Activision Blizzard, é a dona de Candy Crush.

Via: VideoGamesChronicle

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