Os reguladores da União Europeia aprovaram nesta segunda-feira (15) a aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft no continente. O ato pode significar uma reviravolta no acordo de US$ 69 bilhões, influenciando autoridades chinesas e coreanas a seguirem o exemplo.

Vale lembrar que o caso da Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC) contra o acordo está pendente, e em abril, a Autoridade de Concorrência e Mercados do Reino Unido (CMA) vetou a compra (e mantém a decisão). A gigante de tecnologia tem até 24 de maio para apelar – o que pode levar meses.

A aprovação da União Europeia, por sua vez, pode ajudar a mudar esse quadro. Segundo a chefe antitruste da União Europeia, Margrethe Vestager, a aquisição da Microsoft é pró-competitiva devido aos acordos de licenciamento da empresa, que são “práticas e eficazes”.

Activision + Microsoft

Imagem: Shutterstock

“Na verdade, eles melhoram significativamente a condição de streaming de jogos em nuvem, se comparado com a situação atual, e é por isso que os consideramos pró-competitivos”, acrescentou a líder. Vestager afirma que a comissão avalia de forma diferente o crescimento do mercado de jogos na nuvem.

Os acordos da Microsoft

A decisão também leva em consideração o fato de a Microsoft ter oferecido acordos de licenciamento gratuitos por 10 anos para consumidores europeus e serviços de streaming de jogos na nuvem, voltados para jogos da Activision de PC e consoles. 

Além disso, nos últimos meses, a Microsoft assinou acordos com Nvidia, Nintendo, Boosteroid da Ucrânia e Ubitus do Japão com o objetivo de levar Call of Duty para suas plataformas, caso o acordo seja concluído. Segundo a Sony, o jogo de tiro da Activision poderia prejudicar a concorrência com a fabricante de PlayStation.

Xbox e PlayStation - Microsoft vs Sony

Imagem: Barone Firenze/shutterstock.com

O que diz o CMA?

Respondendo à decisão da União Europeia, a CEO do CMA,  Sarah Cardell, afirma que a comissão “errou”, e que o órgão regulador mantém sua posição. “As autoridades antitruste do Reino Unido, dos Estados Unidos e da Europa são unânimes em afirmar que essa fusão prejudicaria a concorrência dos jogos na nuvem”, disse. 

“O CMA concluiu que os jogos na nuvem precisam continuar como um mercado livre e competitivo para impulsionar a inovação e a liberdade neste setor em rápida evolução. As propostas da Microsoft, aceitas hoje pela Comissão Européia, permitiriam definir os termos e condições para este mercado nos próximos dez anos”.

Via: Reuters e VideoGamesChronicle

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