Recentemente, a Microsoft falou que tem planos para manter a franquia Call of Duty no PlayStation por pelo menos uma década após a aquisição da Activision Blizzard.

Agora, Brad Smith, presidente da Microsoft, falou sobre os detalhes desse acordo. Essa é uma questão bastante delicada – e um dos elementos que está em análise pelos reguladores mundiais.

Em nota, Smith afirma que a “Sony emergiu como a maior opositora [à aquisição]. Ela está tão entusiasmada com este acordo quanto a Blockbuster com a ascensão da Netflix”.

A principal alegação da Sony, segundo ele, é que a “Microsoft deixaria de disponibilizar Call of Duty no PlayStation. Mas isso seria economicamente irracional. Uma parte vital da receita de Call of Duty da Activision Blizzard vem das vendas de jogos PlayStation”.

“É por isso que oferecemos à Sony um contrato de 10 anos para disponibilizar cada novo lançamento de Call of Duty no PlayStation no mesmo dia em que chega ao Xbox. Estamos abertos a fornecer o mesmo compromisso a outras plataformas e torná-lo legalmente aplicável pelos reguladores nos EUA, Reino Unido e União Europeia”, crava Brad.

Call of Duty: Modern Warfare 2 (2022)

(Imagem: Activision/Divulgação)

Ao que parece, o maior alvo da negociação é o mercado móvel, não a concorrência de consoles. Smith disse que o acordo permitirá que a Microsoft seja uma concorrente direta da Apple e do Google, que atualmente dominam o mercado de jogos para celular.

“A aquisição da Activision Blizzard vai permitir à Microsoft competir com essas empresas por meio de inovações que beneficiam os consumidores. Embora os consumidores modernos possam transmitir vídeos ou músicas em vários dispositivos em planos de assinatura de baixo custo, muitos jogos geralmente só podem ser adquiridos individualmente e baixados em um dispositivo”, comenta.

E finaliza: “A Microsoft quer mudar isso oferecendo aos consumidores a opção de se inscrever em um serviço de jogos em nuvem que permite transmitir uma variedade de jogos em vários dispositivos por uma taxa razoável. Também beneficiaria os desenvolvedores, permitindo que eles alcançassem um público muito mais amplo”.

Via: VideogamesChronicle

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