Não são apenas usuários que estão abandonando o Twitter após a chegada de Elon Musk. Segundo o centro de pesquisas e informações Media Matters for America, metade dos 100 maiores anunciantes da plataforma também deixaram a rede social nas últimas semanas.

Mas muito além de manchar a credibilidade do Twitter, a debandada traz grandes preocupações para o bolso de Musk do microblogging. Isso porque as 50 anunciantes que deixaram a rede representaram quase US$ 2 bilhões em gastos na plataforma desde 2020 e mais de US$ 750 milhões em publicidade somente em 2022.

Empresas como Chevrolet, Ford, Jeep e Chipotle Mexican Grill emitiram declarações ou informaram publicamente sobre a interrupção de anúncios na rede. As demais aparentam ser “desistentes silenciosos”, que deixaram a plataforma sem alardes, mas que foram mapeadas nos dados da Pathmatics.

Abaixo segue a lista com todas as empresas que retiraram seus orçamentos de publicidade do Twitter, segundo a Media Matters for America.

  • Abbott Laboratories
  • Allstate Corporation
  • AMC Networks
  • American Express Company
  • AT&T
  • Big Heart Petcare
  • BlackRock, Inc.
  • BlueTriton Brands, Inc.
  • Boston Beer Company
  • CA Lottery (California State Lottery)
  • CenturyLink (Lumen Technologies, Inc.)
  • Chanel
  • Chevrolet
  • Chipotle Mexican Grill, Inc.
  • Citigroup, Inc.
  • CNN
  • Dell
  • Diageo
  • DirecTV
  • Discover Financial Services
  • Fidelity
  • First National Realty Partners
  • Ford
  • Heineken N.V.
  • Hewlett-Packard (HP)
  • Hilton Worldwide
  • Inspire Brands, Inc.
  • Jeep
  • Kellogg Company
  • Kohl’s Department Stores, Inc.
  • Kyndryl
  • LinkedIn Corporation
  • MailChimp (The Rocket Science Group)
  • Marriott International, Inc.
  • Mars Petcare
  • Mars, Incorporated
  • Merck & Co. (Merck Sharp & Dohme MSD)
  • Meta Platforms, Inc. (ex-Facebook, Inc.)
  • MoneyWise (Wise Publishing, Inc.)
  • Nestlé
  • Novartis AG
  • Pernod Ricard
  • PlayPass
  • The Coca-Cola Company
  • The Kraft Heinz Company
  • Tire Rack
  • Verizon
  • Wells Fargo
  • Whole Foods Market IP
  • Yum! Brands

Ainda segundo a Media Matters, a debandada está relacionada a alcance direto, advertências de compradores de mídia e constrovérsias. Aliás, controvérsias não faltam: demissões em massa no Twitter, a famigerada “liberdade de expressão” defendida por Musk, contas permanentemente banidas que foram reativadas, assinatura para o selo de verificação — que permitiu contas se passarem por empresas reais —, entre outras polêmicas.

Twitter à beira da falência?

Vale lembrar que, no começo do mês, Elon Musk enviou um e-mail aos funcionários alertando sobre o risco de falência do Twitter pela saída massiva de anunciantes na plataforma. A ideia passada foi de que a plataforma pode não sobreviver à derrubada econômica caso não encontre uma maneira de gerar receita de forma rápida.

E a luz no fim do túnel fica vez mais complicada já que, além da saída de anunciantes, as ideias de monetização — como o selo de verificação ou a possibilidade de cobrança para acessar a plataforma — são alvos constantes de críticas. E com trapalhadas e polêmicas do bilionário, o que se vê é mais usuários deixando a plataforma e dando oportunidades para redes como Koo, Hive e companhia.

O alerta do mercado (e da comunidade) parece claro e, se Musk não repensar atitudes controversas ou mesmo sua contestada gestão, o resultado tende a ser muito pior que meia centena de anunciantes deixando a rede.

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