Agora vai: leilão do 5G no Brasil começa nesta quinta-feira (4)
Confira mais detalhes sobre o certame, entenda sobre as melhorias propostas e veja quais países já utilizam a tecnologia 5GBy - Igor Shimabukuro, 4 novembro 2021 às 9:45
Após polêmicas, dúvidas e um pouco de atraso, a tecnologia 5G começa a tornar-se uma realidade aqui no Brasil. A partir das 10h desta quinta-feira (4), será iniciada a análise das 15 propostas dos interessados nas frequências que serão usadas na quinta geração de internet móvel, dando início ao leilão do 5G.
No dia 27 de outubro, empresas e consórcios entregaram os documentos como parte da primeira etapa do leilão. Nesta quinta, os envelopes serão abertos na sede da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que ficará responsável por analisar as propostas e verificar as competições e valores ofertados pelas faixas de frequência.
Por falar nelas, serão ofertadas, ao todo, quatro faixas de frequência: 700 MHz, 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHz. As duas primeiras deverão melhorar a cobertura do 4G e distribuir o 5G no futuro. Já as duas últimas são conhecidas como 5G “puro” e serão voltadas para o consumidor final e banda larga fixa, respectivamente.
Dentre os concorrentes do leilão estão prestadoras de serviço de grande porte e companhias e provedores regionais de internet. Além de contar com a presença de Vivo, Tim e Claro — as três maiores operadoras do Brasil —, o primeiro grupo é formado por Algar Telecom e Sercomtel.
Já o segundo abrange os concorrentes Algar Telecom SA.; Brasil Digital Telecomunicações LTDA.; Brisanet Serviços de Telecomunicações S.A; Claro SA; Cloud2U LTDA; Consórcio 5G Sul; Fly Link LTDA; Mega Net LTDA; Neko Serviços de Comunicações; Entretenimento e Educação LTDA; NK 108 Empreendimentos e Participações S.A.; Sercomtel Telecomunicações SA; Telefônica Brasil SA; TIM SA; VDF Tecnologia da Informação LTDA. e Winity II telecom LTDA.
A expectativa é de que a licitação movimente cerca de R$ 49, 7 bilhões. Deste montante, R$ 10,6 bilhões irão direto para os cofres federais e darão o direito de as empresas vencedoras explorarem comercialmente o 5G.
Pelo menos R$ 7 bilhões serão direcionados à implantação de internet rápida em escolas públicas do Brasil e a outra parte deve ser usada para investimentos na tecnologia, como otimizações do 4G, serviço de roaming e projetos de expansão.
Benefícios do 5G
Antes de saber sobre os benefícios, é preciso entender um pouco mais sobre o tão falado 5G. Sucessor do 4G, a tecnologia é a quinta geração da telefonia móvel, que não só promete um transporte de dados em rede mais rápido, como um serviço mais qualificado e capaz de abranger até 1 milhão de aparelhos por quilômetro quadrado.
Para efeitos comparativos, o 1G e o 4G garantiam tráfegos de 2kbit/s e 1Gbit/s, respectivamente. Já o 5G terá velocidade para baixar informações de até 100 1 Gbits por segundo — um baita avanço. A latência que na telefonia móvel antecessora era entre 60 a 98 milissegundos agora passará para menos de 1 milissegundo.
Como consequência, é esperado que o novo padrão viabilize inovações como carros autodirigíveis, sistemas e máquinas de monitoramento (industriais e urbanos), IoT (internet das coisas), maquinários para o setor rural, entre outras, além de melhorar os serviços de banda larga (alô, gamers) e otimizar o 4G.
Panorama global
Embora a quinta geração de internet móvel ainda comece a dar os primeiros passos aqui no Brasil — e deva tornar-se algo mais palpável e em grande escala somente na metade de 2022 —, vale lembrar que a tecnologia já está presente na gringa, figurando em cerca de 65 países.
Dentre eles, os países que mais se destacam com cidades conectadas ao 5G são:
- China (376)
- Estados Unidos (284)
- Filipinas (95)
- Coreia do Sul (85)
- Canadá (81)
- Finlândia (72)
- Espanha (68)
- Itália (60)
- Reino Unido (56)
- Austrália e Arábia Saudita (37)
Pegando o recorte apenas do continente americano, apenas Estados Unidos, Uruguai, Suriname e Trindade e Tobado já operam com o 5G. Felizmente, parece ser questão de tempo até o Brasil ingressar nessa lista.
Fonte: UOL
Comentários