A transmissão de energia solar do espaço pode se tornar uma fonte de energia renovável infinita no futuro e vem atraindo muita atenção nos últimos anos – seria, certamente, uma solução que daria bons anos de sobrevida ao nosso planeta.

Essa história de energia solar baseada no espaço foi proposta por um físico em 1968; o conceito é lançar painéis solares no espaço para gerar eletricidade e transmiti-la à Terra.

O Japão lidera essa corrida e acaba de revelar uma parceria público-privada que tentará transmitir energia solar do espaço de forma efetiva já em 2025. O país está há muito tempo nessa busca – em 1980, foi o primeiro país no mundo a transmitir com sucesso energia via microondas no espaço.

Em 2015, os cientistas da JAXA – a agência japonesa de exploração aeroespacial – transmitiram com sucesso 1,8 quilowatts de energia, o suficiente para alimentar uma chaleira elétrica, a uma distância de mais de 50 metros para um receptor sem fio. Agora, o Japão se aproxima de repetir o feito a centenas de quilômetros de distância usando pequenos satélites em órbita.

Japão tentará transmitir energia solar do espaço até 2025

Pesquisadores da Universidade de Kyoto testam equipamentos para transmitir e receber energia em um laboratório – Imagem: Universidade de Kyoto

Como funciona a energia solar do espaço

A energia solar captada por painéis fotovoltaicos no espaço é convertida em micro-ondas – sim, a mesma radiação usada nos fornos de micro-ondas – e, assim, enviada para estações receptoras na Terra, onde é convertida em energia elétrica.

No espaço, os painéis solares podem coletar energia a qualquer hora do dia, as nuvens são atravessadas pelas micro-ondas e o clima não é um problema. O grande obstáculo ainda é o custo: produzir cerca de 1 gigawatt de energia – o equivalente a um reator nuclear – custa cerca de US$ 7 bilhões com as tecnologias atualmente disponíveis.

Fonte: Nikkei Asia

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