A Kojima Productions, estúdio de desenvolvimento aberto por Hideo Kojima em 2015, é uma empresa independente e assim continuará até que seu fundador morra. Quem promete isso é o próprio Kojima, produtor e diretor de vários jogos mundialmente famosos, durante uma edição recente do seu podcast Brain Structure.

Segundo ele, já houveram “ofertas ridiculamente altas” para que a empresa fosse vendida ou afiliada a alguma exclusividade, mas embora ele tenha entretido a ideia para descobrir preços e o quanto ela valeria, Hideo Kojima acabou recusando todas elas.

Imagem mostra Hideo Kojima ao lado de uma estátua em tamanho humano do robô símbolo do estúdio Kojima PRoductions

Imagem: Kojima Productions/Divulgação

“Todo dia, alguém me aborda com ofertas vindas de todo o mundo para comprar o nosso estúdio. Algumas dessas ofertas são ridiculamente altas mas não é que eu queira o dinheiro. Eu quero fazer o que me der vontade de fazer. É por isso que eu criei a empresa. Então, enquanto eu ainda estiver vivo, eu duvido que eu aceite qualquer oferta.”

A marca Kojima Productions já existe há mais tempo do que seus sete anos como empresa independente. Anteriormente, o nome era atrelado a uma exclusividade da publisher japonesa Konami. Especificamente, a Kojima Productions era uma unidade de negócios da empresa, responsável pelo desenvolvimento de Metal Gear Solid (não muito diferente do que a BioWare é para a EA, por exemplo). Depois de diversas discordâncias em relação ao quinto jogo (linear) da franquia – Phantom Pain – Hideo Kojima saiu da publisher e levou o estúdio consigo.

Nos seus primeiros anos, houve uma impressão generalizada de que a Kojima Productions viria a ser um estúdio da Sony, para jogos do PlayStation. Muito disso se deu pelo fato de que Death Stranding, o único jogo do estúdio até agora, já foi uma exclusividade da gigante japonesa para os consoles. Fora do PlayStation 4 e PlayStation 5, o jogo só conta com uma versão para PC, sem nunca ter saído no Xbox.

Entretanto, em anos recentes, o próprio Hideo Kojima vem ressaltando que não quer seu estúdio atrelado a nenhuma exclusividade e que a Kojima Productions se mantém “afiliada a ninguém”. Tanto que, já que o PlayStation tem Death Stranding, a Microsoft está com uma parceria com a empresa para o desenvolvimento de Overdose, um jogo do qual sabemos muito pouco.

Esse rechaço à exclusividades definitivas também foi evidente em outra parte da conversa durante o podcast, quando Kojima falou sobre boatos de que uma sequência de Death Stranding estaria em desenvolvimento apenas para o Stadia, o agora falecido console de cloud gaming do Google. Evidentemente, a história toda era mentira:

“O rumor de que Death Stranding, uma sequência dele, ainda por cima, estava em produção como algo exclusivo do Google, é descabido, e Phil Harrison rejeitar a ideia é quase impossível. Eu nunca disse nada a ele sobre criar uma sequência do jogo. Eu não sei quem tirou essa conversa, nem de onde.”

Phil Harrison, conhecido no Twitter brasileiro como “o calvo que quebra jogos”, é o vice-presidente da divisão de gaming do Google, e supervisionava todas as operações do Stadia. Existe todo um meme na internet sobre como os projetos em suas mãos tendem a…”não sobreviverem”.

via Gamespot

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