Guia Pix: perguntas e respostas pra te deixar por dentro do assunto
By - Patricia Lima, 20 janeiro 2021 às 16:00
O Pix é o meio de pagamento lançado pelo Banco Central, no segundo semestre de 2020, com o intuito de agilizar e facilitar as compras dos brasileiros pela internet. Mas, afinal, como ele funciona na prática? Como utilizar esse serviço? O que é a tal chave para cadastro? Ele é seguro? Os pagamentos e transferências são de fato rápidos, até mesmo instantâneos?
Calma, que a gente te explica cada interrogação! Levantamos as principais dúvidas da galera e criamos um Guia Pix: perguntas e respostas pra te deixar por dentro do assunto.
• O que é o Pix?
• O que significa a palavra Pix?
• Qual o objetivo do Pix?
• O Pix é seguro?
• Como funciona o Pix?
• Há taxas para utilizar o Pix?
• Como realizar o cadastro do Pix?
• O que é a chave Pix?
• Como realizar o cadastro da chave Pix?
• O que são chaves aleatórias?
• Existe um limite de chaves?
• Como são realizados os pagamentos por Pix?
• Como utilizar o QR Code estático e dinâmico?
• Como realizar transferências, pagar ou receber pelo Pix?
• O Pix vai substituir TED ou DOC?
• É possível sacar utilizando o Pix?
O que é o Pix?
O Pix é um novo meio de pagamento lançado pelo BC, que permite a realização de transferências mais ágeis e de forma instantânea — tanto para outras pessoas, quanto para varejos eletrônicos e estabelecimentos em geral.
Outro ponto é que as transferências podem ser realizadas a qualquer dia, hora e lugar. Para isso, basta checar se a sua instituição financeira conta com o serviço. Geralmente, o Pix está em destaque e é bem fácil de ser localizado no aplicativo ou site dos bancos.
Para usá-lo, é necessário que tanto o pagador (quem envia o dinheiro) quanto o recebedor (quem receberá os valores) tenham uma conta em banco, instituição de pagamento ou fintech. Vale destacar que não necessariamente essa conta precisa ser corrente, ou seja, o Pix pode ser realizado ainda por conta poupança ou de pagamento pré-paga, por exemplo.
Para checar as instituições autorizadas a oferecer o Pix, confira a lista atualizada de participantes fornecida pelo Banco Central.
As chaves de transação, as “chaves Pix”, podem ser cadastradas por meio de números de telefone, CPF, e-mail ou mesmo sendo possível gerar uma chave aleatória para acesso aos dados bancários da conta do usuário titular, para o pagamento imediato (nós trazemos mais detalhes sobre o assunto nos tópicos abaixo).
O que significa a palavra Pix?
Pixel, uma sigla, um termo novo…
Não faltam palpites quando o assunto é o significado do nome batizado pelo Banco Central.
Em nosso levantamento, apuramos que se trata não de uma sigla, mas de um conceito. Um termo curto, que remete à ideia de tecnologia, em razão do pixel, e naturalmente à velocidade, com a simplicidade para ser lembrado e usado.
Qual o objetivo do Pix?
Agilidade, conveniência e segurança. O principal objetivo do Pix é tornar mais rápido o processo de transferência, por meio do fácil acesso, ao mesmo tempo em que oferece disponibilidade integral, 24 horas x 7 dias. As transações ocorrem de forma quase instantânea, com a possibilidades de efetuar o pagamento por QR code, com as mesmas vantagens do boleto bancário — só que com o “plus” de não ser necessário aguardar um período para aprovação (de até três dias úteis, em média).
Ainda de acordo com o Banco Central, além do fator agilidade, o potencial do novo serviço tem o objetivo de estimular a competitividade e eficiência do mercado; apresentar formas mais econômicas; melhorar a experiência dos clientes e incentivar a tecnologia, com a eletronização dos pagamentos de varejo.
O Pix é seguro?
Para disponibilizar o meio de pagamento, as instituições financeiras devem atender aos requisitos exigidos pelos protocolos de segurança do Sistema Financeiro Nacional, rede de dados operada pelo Banco Central. As mesmas normas são aplicadas para TEDs e DOCs — meios já presentes há um bom tempo no cotidiano dos consumidores brasileiros.
Além da Lei Complementar nº 105 e a Lei Geral de Proteção de Dados, essas práticas consistem, entre outros detalhes, na segurança do usuário por meio de criptografia e autenticação digital, capazes de evitar fraudes ou uso indevido de dados.
O Bacen também reforçou os meios de proteção já adotados por praxe pelas instituições financeiras, referentes ao acesso dos dados do usuário, como: biometria, reconhecimento facial, Token, rastreamento das transações etc.
O Pix possui, ainda, uma base de dados DICT de proteção, com o intuito de vetar varreduras de informações pessoais e marcadores de fraudes, suspeitos ou consumados, nos quais são ativados os alertas para todas as instituições que participam do sistema.
Como funciona o Pix?
Assim como citado acima, o Pix funciona de maneira ininterrupta, 24 horas por dia, sete dias por semana. O novo sistema instantâneo de pagamento já está disponível em centenas de instituições financeiras. Os usuários, pessoas físicas e jurídicas, podem realizar pagamentos eletrônicos por meio de suas contas bancárias, via aplicativo ou site, pelo celular ou computador.
Para que as transações via Pix sejam realizadas, é necessário que o responsável pelo pagamento e o receptor do valor tenham uma conta (não necessariamente corrente) em uma instituição de pagamento, banco ou fintech.
Ao realizar uma compra no comércio eletrônico, por exemplo, o primeiro passo é a escolha do Pix entre os métodos oferecidos.
Há taxas para utilizar o Pix?
No caso de pessoas físicas, o Pix é isento de cobrança para transferência, compra e recebimento. As tarifas poderão ser cobradas em situações que incluam a realização desse meio por um canal de atendimento presencial ou pessoal, incluindo telefone, da instituição, ou o recebimento para finalidade de atividades comerciais.
Já para pessoa jurídica, a instituição responsável pela conta do cliente pode realizar a cobrança de tarifa para envio e recebimento do Pix, com o objetivo de transferência e de compra. A contratação de serviços também pode estar sujeita à tarifa.
O padrão de custo fixo ou percentual é definido pela própria instituição financeira. Entretanto, se houver o pagamento do Pix na situação de cobrança, assim como é aplicado via boleto, o pagador não poderá ser tarifado. No caso de uma transferência, o recebedor também não poderá ter a cobrança da tarifa efetuada.
Microempreendedores Individuais (MEIs) e empresários individuais estão inseridos nas mesmas condições do Pix voltadas às pessoas físicas. No caso de Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI), as regras seguidas são as mesmas das pessoas jurídicas.
Como realizar o cadastro do Pix?
O cadastro do Pix ou a criação da chave Pix deve ser feito pelo seu banco ou pela instituição financeira que você tem conta.
Como já destacamos anteriormente, o serviço tem sido bastante divulgado, portanto, você deverá localizar facilmente essa opção na tela inicial do app de sua conta bancária.
O que é a chave Pix?
A chave Pix é a informação necessária para viabilizar o vínculo do usuário com a transferência bancária, sendo um novo meio de identificação por preferência do endereço bancário.
As formas disponíveis para identificação são:
A chave Pix é a informação necessária para viabilizar o vínculo do usuário com a transferência bancária, sendo um novo meio de identificação por preferência do endereço bancário.
As formas disponíveis para identificação são:
• CPF ou CNPJ;
• e-mail;
• número do telefone;
• chave aleatória (uma sequência alfanumérica direcionada aos usuários que não desejam vincular seus dados pessoais às informações da conta transacional).
As chaves são o meio que possibilita ao BC reconhecer a conta e prosseguir com a validação das transações bancárias.
Uma informação importante! Caso o usuário tenha mais de uma conta bancária, ele terá que cadastrar chaves diferentes para cada uma delas. Na prática, você pode cadastrar um CPF em uma instituição e o número do celular em outra; já na terceira, o e-mail, e assim por diante.
Como realizar o cadastro da chave Pix?
Para fazer o registro, você pode acessar a sua instituição bancária pelo aplicativo via smartphone ou pelo site. Você deverá confirmar os dados de sua chave, ou seja, que aquela informação identificada como chave pertence, de fato, a você.
Se o seu cadastro do Pix for feito por telefone, um código deverá ser enviado por SMS. Assim que recebê-lo, basta aplicá-lo no app de sua conta para confirmação da identificação. E vai um alerta! Caso receba uma ligação por telefone ou pedido de acesso a um link por mensagem ou e-mail, não forneça dados pessoais para cadastro de chave, pois pode se tratar de uma tentativa de golpe.
O que são chaves aleatórias?
A chave aleatória é o endereço virtual de pagamento (EVP), sendo o único meio de utilizar o Pix sem a necessidade de fornecer seus dados pessoais. Ela consiste em uma sequência de números, letras e símbolos, gerada de forma aleatória (como o próprio nome diz) para identificação.
Vale reforçar que essa é a única opção, entre os tipos de chave, em que não há possibilidade de portabilidade.
Existe um limite de chaves?
O número de chaves possível para cada conta de pessoa física é de até cinco, sendo ela individual ou conjunta. Já para pessoas jurídicas, o limite é de até 20 chaves por conta.
Como são realizados os pagamentos por Pix?
O Pix pode ser utilizado tanto para transferências quanto para pagamentos entre pessoas, estabelecimentos comerciais, fornecedores, além de entes governamentais (taxas e impostos).
Se você realizar uma compra por smartphone em um e-commerce, por exemplo, ao escolher a modalidade de pagamento, um código será exibido para que seja copiado, “Pix Copia e Cola”. O consumidor deverá, então, abrir o aplicativo do banco, dirigir-se até a opção Pix e clicar em “Pix Copia e Cola”, para colar a sequência copiada. Feito isso, basta confirmar os dados e autorizar o pagamento. O procedimento é bastante intuitivo e o pagamento é liberado de forma muito rápida.
Já se você realizar o processo pelo computador, um QR Code será gerado na tela de conclusão do pedido. Ao abrir o aplicativo do banco, o consumidor deve seguir até a opção Pix e escolher o “pagamento por QR Code”. O cliente, então, posiciona a câmera do celular em direção ao código exibido, e a compra deverá ser autorizada.
O KaBuM! foi um dos primeiros e-commerces a oferecer o pagamento por Pix, entre as modalidades disponíveis no site. Os pedidos podem ser concluídos em poucos segundos, tanto pelo aparelho celular, quanto para quem estiver navegando pelo computador — e, o que é melhor, com o mesmo desconto oferecido pelo boleto bancário, nos pagamentos à vista.
Para quem não deseja utilizar a chave, é também possível digitar de forma manual os dados da conta transacional do usuário recebedor, assim como já é feito no TED ou DOC.
Como utilizar o QR Code estático e dinâmico?
Do inglês Quick Response Code (código de resposta rápida), o QR Code é um código de barras bidimensional, que pode ser interpretado por qualquer smartphone com câmera, conectado à internet.
O principal benefício desse código é que, assim que a câmera é apontada, o usuário é levado diretamente ao ponto de interesse, muito utilizado no caso de um checkout, por exemplo, sem a necessidade de inserção de mais informações.
Agora, indo direto ao que o tópico se propõe, o Pix oferece essa vantagem de realizar transações via QR Code de forma dinâmica e estática.
O QR Code Dinâmico é utilizado para uso exclusivo por transação, ou seja, no caso de uma nova cobrança um novo código será gerado. Outra característica é a inclusão de informações como a identificação do recebedor, além do valor. É uma opção bastante utilizada pelas grandes empresas, comércio eletrônico ou cobranças formais.
Quanto ao QR Code Estático, ao contrário do Dinâmico, pode ser utilizado em diversas transações. Sua utilização é mais comum em casos de recebimentos mais simples, já que não há a necessidade de integração de sistemas ou automatização de processos. Um valor fixo pode ser definido e o pagador opta pela inserção do valor. Essa opção é recomendada para pessoas físicas e pequenos negócios.
Como realizar transferências, pagar ou receber pelo PIX?
Basta acessar o aplicativo ou site de sua conta bancária. Siga até a opção Pix e indique a chave fornecida pela pessoa que irá receber o valor. Vale reforçar que, caso o recebedor não conte com uma chave, a transferência pode ser realizada com a inserção dos dados de sua conta. Feito isso, confira se os dados de destino do valor a ser transferido estão corretos, digite a sua senha e pronto. O dinheiro deve ser transferido em menos de 10 segundos.
Também é possível gerar um QR Code para compartilhar com a pessoa que irá realizar o pagamento. Basta checar a opção “Receber” dentro do campo correspondente do app de seu banco e indicar a chave a ser inserida, além do valor, para gerar o código.
O Pix vai substituir TED ou DOC?
O Pix surgiu como uma nova opção, além do TED e DOC. Antes de ser lançado, essas eram as duas opções que os brasileiros tinham para o envio ou recebimento de dinheiro entre as instituições financeiras.
O TED, Transferência Eletrônica Disponível, consiste em uma transferência de dinheiro, na qual o valor é creditado da conta do pagador no mesmo dia útil — caso o pagamento seja feito até às 17h (exceto domingos e feriados, seguindo o expediente bancário). Ainda sobre o TED, não há um limite máximo para transferência.
Quanto ao DOC, o valor deve levar até um dia útil ou mais para chegar ao destinatário, em caso do pagamento ser feito após às 22h. Há um valor máximo para transferência, de R$4.999,99.
Assim como no TED, o DOC funciona apenas em dias úteis, ou seja, se você realizar uma transferência fora dos horários de expediente, fins de semana ou feriados, a conclusão ocorrerá apenas no próximo dia útil.
Com a disponibilidade do Pix, há uma ampliação das vantagens. A começar pelo uso dele para qualquer transferência já realizada por TED, cartão, boleto, entre outros meios, com a possibilidade de não ser necessário saber qual a conta ou banco de outra pessoa. Outro ponto é a conveniência, já que você só precisa de seu aparelho celular, e o funcionamento passa a ser “full time” (24h x 7 dias), ou seja, as transferências são feitas em tempo integral e com mais agilidade.
Outro benefício que vale destacar por aqui é que, com o Pix, não há limite mínimo ou máximo para pagamentos ou transferências. No entanto, pode haver limites máximos de valores estabelecidos pelas instituições financeiras que oferecem o serviço, a partir de critérios que envolvem risco de fraude ou prevenções a serviços ilícitos.
É possível sacar utilizando o Pix?
O “Saque Pix” está entre as novidades que devem entrar em vigor ao longo deste ano.
A implantação possibilitará, por exemplo, que o usuário realize transferências pelo novo sistema de pagamento para um comércio e faça o saque do dinheiro em espécie. Essa funcionalidade será permitida em estabelecimentos cadastrados.
E aí, o que achou do nosso guia? Conseguimos esclarecer suas dúvidas? Esperamos que sim! O KaBuM!, maior e-commerce de tecnologia da América Latina, criou uma página bem completa aos clientes que optarem pelo Pix no pagamento de suas compras, inclusive trazendo um vídeo sobre o novo meio de pagamento. Vale a pena conferir!
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