O Google repassa 36% de toda receita proveniente de anúncios no Safari para a Apple. A informação escapou do depoimento do professor Kevin Murphy, da Universidade de Chicago, como parte do processo antitruste contra a gigante das buscas por práticas anticompetitivas.

O professor foi convocado para testemunhar em nome da Alphabet – a dona do Google – mas acabou falando mais do que devia. Segundo a Bloomberg, os representantes da empresa teriam ficado incomodados ao ouvir os números relatados por ele no tribunal.

Ilustração mostra uma mão segurando um martelo de juiz, prestes a martelas o logotipo do Google

Imagem: Sergei Elagin/Shutterstock

Não é segredo que o Google paga um bom dinheiro para ser o mecanismo padrão de busca em navegadores como o Safari, o Firefox, entre outros. Mas os valores eram segredo… até o professor abrir a boca.

Para ter esse privilégio, só em 2021, a empresa desembolsou US$ 26,3 bilhões – informação que também saiu de depoimentos anteriores do mesmo processo. Desse total, US$ 18 bilhões foram para os cofres da gigante de Cupertino.

Google ? Apple

Essa parceria paga entre as duas big techs existe desde 2002 e é alvo do Departamento de Justiça, que acredita que o é assim que o Google mantém ilegalmente o seu domínio sobre os motores de busca e os mercados de publicidade em buscas.

Em setembro, Eddy Cue, vice-presidente de serviços da Apple, defendeu o acordo. Na ocasião, o executivo disse que a empresa queria uma parcela ainda maior do montante que o Google ganha com o tráfego vindo do Safari.

Safari, navegador da Apple, em um Macbook

Imagem: Apple

Os 36% revelados pelo professor em depoimento indica que as empresas chegaram a um acordo menor do que o esperado pela Apple na época.

Via: Bloomberg, Reuters

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