Google paga US$ 5 bi para pôr fim à ação coletiva por rastrear usuários no modo Incognito

Após uma tentativa fracassada de arquivamento de uma ação em 2020, na qual acusava o Google de rastrear usuários do Chrome, mesmo em modo de navegação anônima (Incognito Mode), a empresa concordou em pagar US$ 5 bilhões aos afetados, valor original para colocar fim à queixa.

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De acordo com documentos da ação, os demandantes argumentaram que o Google usou ferramentas para análise, aplicativos e extensões de navegador para rastrear atividades online dos usuários, até mesmo quando estes usavam o modo de navegação anônima do Chrome, conhecido como modo Incognito — descrito pela empresa como privado, levando os usuários a acreditarem que não estariam compartilhando dados quando usavam o modo de navegação.

Ainda, eles apresentaram e-mails internos supostamente trocados entre executivos do Google, provando que o monitoramento do modo Incognito do navegador era usado para vender publicidade e rastrear o tráfego na web.

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Em agosto, a juíza Yvonne Gonzalez Rogers rejeitou a proposta do Google de julgamento sumário, apontando que a empresa nunca revelou aos seus usuários que a coleta de dados continuava mesmo quando navegavam no modo Incognito.

“A moção do Google se baseia na ideia de que os autores consentiram que o Google coletasse seus dados enquanto eles estivessem navegando no modo privado”, decidiu Rogers. “Como o Google nunca disse explicitamente aos usuários que faz isso, o Tribunal não pode considerar como uma questão de lei que os usuários consentiram explicitamente com a coleta de dados em questão.”

O Google foi acusado de violar uma lei federal de grampeamento telefônico e leis de privacidade da Califórnia, além de ser condenado a ressarcir em US$ 5 mil por usuário afetado, porém de forma retroativa, visto que milhões de usuários o modo Incognito provavelmente foram afetadas desde 2016, o que explica o montante de US$ 5 bilhões solicitados na ação.

Os detalhes do acordo não foram revelados por ambas as partes, embora já tenham concordado sobre os termos acordados apresentados no tribunal para aprovação em fevereiro, segundo informações da Reuters e do The Washington Post. Há possibilidade de que o Google tenha negociado um valor abaixo dos US$ 5 bilhões, de acordo com o Engadget, que pediu uma declaração sobre o caso.

Com informações Ars Technica e Engadget