O chefe de Xbox, Phil Spencer, fez uma publicação no blog oficial da Microsoft, esclarecendo os objetivos da empresa em relação à aquisição da Activision Blizzard. Em sua declaração, o executivo revela que pretende adicionar títulos como Call of Duty, Diablo e Overwatch ao catálogo do Game Pass.

Na carta aberta, Spencer diz que “serviços de assinatura como o Game Pass tornam os jogos mais acessíveis” para jogadores de todo o mundo, além de “capacitar os desenvolvedores a trazer mais jogos para mais jogadores”.

“Pretendemos disponibilizar a amada biblioteca de jogos da Activision Blizzard — incluindo Overwatch, Diablo e Call of Duty — no Game Pass e aumentar essas comunidades de jogos. Ao agregar ainda mais valor aos jogadores, esperamos continuar expandindo o Game Pass, estendendo seu apelo para telefones celulares e qualquer dispositivo conectado”.

https://www.youtube.com/watch?v=r72GP1PIZa0

Vale apontar que, apesar do desejo de adicionar esses títulos ao Game Pass futuramente, Spencer reitera que não planeja tornar Call of Duty exclusivo para plataformas Xbox — como sugeriu a Sony anteriormente, em outra ocasião.

A aquisição da Activision Blizzard foi anunciada em janeiro e a expectativa é que o processo seja finalizado até o final do atual ano fiscal da companhia, que termina em 30 de junho de 2023.

Resposta da Microsoft à Autoridade de Competição

A publicação assinada por Spencer é também uma resposta direta à Autoridade de Competição de Mercado (CMA) do Reino Unido. Nesta quinta-feira (1), o órgão emitiu um relatório onde sugere que a aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft pode afetar a concorrência.

Call of Duty, da Activision, pode se tornar exclusivo de Xbox, teme a Sony

Imagem: Microsoft/Reprodução

A decisão afirma que a fusão “pode ​​resultar em uma diminuição substancial da concorrência dentro de um mercado ou mercados no Reino Unido”. Por conta disso, o CMA indica que o acordo de aquisição seja encaminhado para uma investigação aprofundada da fase dois.

O órgão destaca ainda que a Microsoft adquirir franquias como Call of Duty, World of Warcraft e Candy Crush pode “prejudicar os consumidores”, já que afetaria a capacidade da Sony – principal rival da empresa na indústria de jogos – “de competir”, bem como outros existentes e potenciais desenvolvedores.

Para a conclusão de que a fusão pode afetar a concorrência, o CMA reuniu milhares de documentos e dados internos de ambas as partes interessadas no processo de aquisição para entender seus negócios. 

Agora, a Microsoft e a Activision Blizzard têm até 8 de setembro para comprovarem e se comprometerem de maneira aceitável, soluções que possam resolver essas preocupações de concorrência.

Em resposta ao CMA, o presidente e vice-presidente da Microsoft, Brad Smith, disse que a companhia está pronta para trabalhar junto ao órgão regulador “nas próximas etapas para resolver qualquer uma de suas preocupações”.

“A Sony, como líder do setor, diz estar preocupada com o Call of Duty, mas dissemos que estamos comprometidos em disponibilizar o mesmo jogo no Dia 1 tanto no Xbox quanto no PlayStation. Queremos que as pessoas tenham mais acesso aos jogos, não menos”, complementa Smith.

Banner atualizado do PlayStation Studios revela o personagem de Death Stranding, game de Hideo Kojima, à esquerda

Imagem: reprodução/PlayStation Studios

Nos Estados Unidos, o Federal Trade Comission também está à frente de uma investigação semelhante, que já entrou em sua fase dois. Essa etapa pode se estender até 2023.

Fontes: Microsoft, GamesIndustry.biz

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