Que ninguém subestime a comunidade gamer quando ela resolve investigar alguma coisa: o caso mais recente desse sucesso envolve o jogo Deathloop, que, segundo muitas teorias agora confirmadas pela equipe, se passa no mesmo universo da franquia Dishonored.

A informação foi confirmada pelo diretor criativo do jogo, Dinga Bakaba, que afirmou que o título dirigido por ele é ambientado em um dos “possíveis futuros” de Dishonored.

“Nós temos uma série de sistemas onde nem todas as pessoas viram as mesmas coisas em Deathlook, nem todo mundo ouviu a mesma música escondida em algum canto, nem todo mundo viu o mesmo quarto. Então foi bem bacana ver a comunidade pescar essas pequenas pistas que jogamos por todo lado e confirmar que, sim, de fato, a nossa visão é a de que Deathloop acontece em algum futuro após Death of the Outsider.”

A referência de Bakaba refere-se ao terceiro jogo da franquia Dishonored: originalmente, Death of the Outsider nasceu como uma expansão do segundo título da marca, mas seu escopo cresceu tanto que os estúdios Arkane não tiveram outra escolha a não ser lança-lo como um título próprio.

Evidentemente, não vamos falar muito sobre isso aqui para preservarmos você dos spoilers, mas Bakaba ressalta que várias coisas ainda estão no jogo e que não foram descobertas, então ainda não é possível dizer quais referências ajudam a estabelecer uma linha do tempo que conecte ambos os jogos, mas um detalhe entregue pela atualização mais recente é uma delas que pode ser seguramente revelada.

O último update de Deathloop deu ao protagonista Colt uma série de animações que ele executa quando você larga do controle por alguns minutos. Com a arma “Heritage Shotgun” equipada, em uma dessas animações é possível ver o símbolo correspondente da Torre de Dunwall, a residência imperial da família regente de Dishonored. Antes, esse símbolo era praticamente invisível.

Outros pontos são mais abstratos, porém relacionáveis: tanto Deathloop como Dishonored contam com extrema divergência de classes sociais, inequalidades, e o emprego simultâneo de magia e tecnologia.

“Nós tentamos ver tudo como uma evolução. Mas sempre que os personagens do jogo mencionavam o passado, fomos propositalmente vagos ou disfarçamos o tom de formas naturais. Por exemplo, todos falando sobre a ‘pátria mãe’ mas não sobre ‘Tyvia’. Mas quando você sabe desses detalhes, você pode ir revelando tudo e, sim, faz sentido. Foi legal para nós imaginar um dos possíveis futuros desse jogo.”

Tyvia é a terra mais ao norte, e uma das quatro grandes ilhas que compõem o mundo dos dois jogos.

Segundo os estúdios Arkane, ainda não sabemos se a franquia Dishonored voltará a ter seu próprio jogo. Originalmente em hiato desde 2017, a marca conta com seu jogo titular de estreia, além de sua sequência direta (Dishonored 2) e sua expansão-que-virou-jogo (Dishonored: Death of the Outsider). A trilogia contempla o chamado “arco de Kaldwin”, o sobrenome da família regente.

Deathloop recentemente foi lançado aos consoles Xbox após mais de um ano de exclusividade no PlayStation. 

via Xbox Podcast (YouTube)

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