A busca por normas e regras da inteligência artificial (IA) segue a todo vapor. E no último sábado (22), líderes do G7 — grupo dos países mais industrializados do mundo — se reuniram em Hiroshima, no Japão, para discutir sobre a polêmica tecnologia.
Durante a reunião, representantes de Alemanha, Canadá, EUA, Japão, França, Itália, Reino Unido e UE reconheceram a necessidade de estabelecer padrões comuns para ferramentas de IA, especialmente com a chegada do ChatGPT.
A avaliação é de que a segurança da inteligência artificial não acompanhou o seu rápido crescimento nos últimos meses. Aliás, esse foi um dos alertas descritos na carta aberta divulgada no fim de março, assinada por especialistas e membros da indústria, que pedia a paralisação de qualquer projeto de IA por seis meses.
Por mais que haja um consenso entre os líderes de que os esforços para alcançar “a visão comum e o objetivo de uma IA confiável possam variar”, eles afirmam que as regras devem estar “alinhadas com valores democráticos”.
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Inteligência artificial em debate
Para isso, os líderes decidiram criar um grupo de trabalho para abordar a “utilização responsável” da inteligência artificial e os riscos que ela representa. Ele será parte da iniciativa intitulada de Processo de Hiroshima sobre IA.
O G7 tomará as rédeas da iniciativa, mas membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) — grupo do qual o Brasil é parceiro-chave — e da Parceria Global de Inteligência Artificial (GPAI) entrarão como cooperadores.
Neste primeiro momento, ficou acordado que ministros de cada país estabelecerão discussões locais até o fim do ano. E isso englobará debates sobre propriedade intelectual, governança, direitos autorais, transparência, desinformação, uso responsável de tecnologias e respostas à manipulação de informações estrangeiras.
Enquanto isso, EUA, União Europeia e outras regiões também devem avançar nos esforços para regulamentações da IA. E isso certamente será incluído no relatório do G7, que deve trazer conclusões (ou não) até o fim do ano.
Via: UOL