Designers de moda digital já fazem sucesso no dia a dia. A fusão do real com o digital acontece no cotidiano, com a comercialização de roupas virtuais vestidas em cenários reais. Os consumidores são jovens, fãs de moda e querem vestir algo que os fabricantes atuais não têm como fazer, como roupas que desafiam a gravidade.

No site da DressX, das designers Daria Shapovalova e Natalia Modenova, é possível escolher as peças pelo seu navegador. Se preferir, a empresa tem ainda um app – comente para iOS, por enquanto – que permite provar os conjuntos em realidade aumentada.

O passo seguinte, de acordo com a Vice, é enviar uma foto sua junto da escolha de compra. Pronto. Em até 2 dias o comprador recebe uma imagem editada de volta, num cenário real e já com a roupa escolhida, pronta para postar no Instagram ou onde quiser.

Moda digital

Compra de um vestido na DressX (Reprodução).

A moda digital não traz vantagens apenas para o consumidor, que pode ter uma roupa dos sonhos “impossível”, mas também para os designers, que podem ser mais criativo e pensar além dos tecidos. É considerada também mais ética, pois não envolve todo o processo de produção com fornecedores de material e costureiras – que costumam receber uma fração dos estilistas e designers.

glamour dressx

DressX na capa de uma das maiores revistas de moda (Reprodução).

A sustentabilidade também faz parte dessa equação. Trajes digitais não precisam ser jogados fora e podem ser reaproveitados – e modificados – quantas vezes forem necessárias. Uso de plástico? Digamos que também é consideravelmente reduzido.

Moda digital online para todos

A DressX é a primeira empresa realmente focada em comercializar roupas digitais, mas diversos designers independentes também têm suas criações, muitas oferecidas pela própria loja. É o caso de Roei Derhi, fundador da casa de moda digital Placebo, que acredita que um traje digital leva as pessoas a mundos diferentes, funcionando como uma válvula de escape da realidade.

Já Stephy Fung veste seus próprios designs em fotos inusitadas como no meio da calçada. A designer londrina foi contratada para criar ambientes e cenários 3D para uma campanha de moda digital.

De fã de trajes digitais, a artista passou a ser autora dos designs de suas próprias roupas. A vantagem, aqui, é que ela não teve que investir muito dinheiro para lançar sua carreira, uma vez que não foi preciso gastar com costureiras ou material.

Para Doddz, um criador para o metaverso de Manchester, Reino Unido, a moda digital é uma evolução natural. Depois de trabalhar com personalização de personagens em games, Doddz começou com criações para o metaverso. O objetivo? Unir o real ao digital, uma ideia que empolga tanto o Facebook que fez a empresa mudar seu nome para Meta.

 

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Uma publicação compartilhada por DRESSX (@dressx)

Testemunhos dos fãs da moda digital são registrados no Instagram da DressX. Além do fascínio pelo design autoral personalizado, os compradores mostram-se felizes por fazer parte de um mundo novo. Apesar da solução moderna e virtual para a moda, os custos para o consumidor ainda são bem reais e tradicionais: é preciso desembolsar a partir de US$ 40 para poder “vestir” os acessórios e as roupas vendidas online.

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