Dragão: supercomputador da Petrobras tem 200 TB de RAM
By - Cesar Schaeffer, 27 junho 2021 às 12:00
A Petrobras ativou o maior supercomputador da América Latina. Com 200 terabytes de memória RAM e uma rede de 100 gigabits por segundo, o Dragão – como foi apelidada a máquina – tem capacidade de processamento equivalente a 4 milhões de smartphones ou mil laptops modernos.
De pequeno, o Dragão não tem nada, seja em números, performance ou tamanho. O supercomputador foi instalado em fileiras e tem, no total, 34 metros de extensão. Dez caminhões foram necessários para transportar todas as peças do equipamento. O processo de montagem da máquina levou cerca de três meses.
O que faz o supercomputador
A novidade faz parte dos planos da Petrobras de ampliar sua capacidade de processamento de dados para 40 petaflops até o final de 2021. A expectativa é que o supercomputador ajude também a reduzir os riscos geológicos e operacionais da empresa ao processar muito mais dados de forma mais rápida.
Segundo a empresa, os algoritmos desenvolvidos por seus geofísicos e analistas serão utilizados em projetos exploratórios, permitindo a geração de imagens com maior resolução em áreas de interesse para a exploração de petróleo e gás natural.
O novo supercomputador da Petrobras também promete impulsionará novas plataformas tecnológicas, digitalização e robotização com foco em ganhos de eficiência. Com o Dragão, a empresa brasileira soma nove supercomputadores em operação nos últimos dois anos.
O novo supercomputador deve entrar em operação no segundo semestre de 2021.
Outros novos supercomputadores
Esta semana, a Tesla revelou a criação mais recente da empresa, que é considerado o quinto computador mais poderoso do planeta e já está trabalhando no treinamento de sistemas de redes neurais utilizadas no piloto automático dos veículos da marca.
Com mais de 6 mil GPUs Nvidia, o Perlmutter também é um supercomputador anunciado recentemente. Este, vai ajudar a criar o maior mapa 3D do universo de todos os tempos. A máquina que está no National Energy Research Scientific Computing Center, em Berkley, nos Estados Unidos, promete avançar em uma das questões mais importantes da astrofísica.
Comentários