Após uma medida do Supremo Tribunal da Índia manter diretivas antitruste ao rejeitar o pedido do Google contra uma decisão da Competition Commission of India (CCI), a gigante das buscas anunciou mudanças na forma como promove o sistema operacional móvel Android nesta quarta-feira (25).

Além de permitir a escolha do motor de pesquisa padrão, o que já é realidade para usuários na Europa, o Google vai permitir fabricantes de dispositivos licenciar as aplicações individualmente para pré-instalação.

Após Índia manter diretivas antitruste, Google anuncia mudanças em modelo de negócios no Android

Imagem: PixieMe/Shutterstock.com

Em adição, a empresa anunciou algumas alterações relacionadas ao sistema de faturação no sistema de tarifação, que também foi centro de outra decisão antitruste na Índia, na qual as práticas da empresa foram consideradas anticompetitivas ao restringir o uso de serviços de faturação ou processamento de pagamentos de terceiros.

A partir do próximo mês, o Google começará a oferecer aos utilizadores a possibilidade de escolha de faturação a todas as aplicações e jogos, o que vai permitir programadores oferecerem uma opção de escolha de sistemas alternativos aos do Google ao adquirirem conteúdo digital no aplicativo.

“A implementação destas alterações em todo o ecossistema será um processo complexo e exigirá um trabalho significativo no nosso fim e, em muitos casos, esforços significativos por parte de parceiros, fabricantes de equipamento original (OEM) e programadores”, diz uma postagem no blog da companhia.

As medidas aplicadas ao sistema operacional móvel do Google foram vistas como mais abrangentes que as impostas em uma decisão histórica da Comissão Europeia em 2018, preocupando a companhia estadunidense. As mudanças afetam 97% dos 600 milhões de smartphones que funcionam na Índia, na Europa, esse número representa 75% dos 550 milhões, de acordo com as estimativas da Conterpoint Reasearch.

Google

Imagem: Jay Fog/shutterstock.com

Enquanto na Ásia o Google perde a luta contra medidas antitruste, na Europa, a gigante da tecnologia continua a desafiar o recorde de US$ 4,3 milhões em multa ao pôr em prática o que a Comissão chamou de restrições ilegais aos fabricantes de dispositivos móveis Android.

 

Via Reuters

Comentários

0

Please give us your valuable comment

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Inscrever-se
Notificar de
0 Comentários
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários