Black Friday? Cyber Monday? Cyber Week? De onde vieram esses nomes e o que significam?
O fim do ano é uma época importante para o varejo, que aposta em dias específicos - como a Cyber Monday - para alavancar grandes ofertasBy - Rafael Arbulu, 19 outubro 2022 às 16:59
O fim do ano está chegando e, com ele, virão as promoções de produtos em todos os setores do varejo. Em especial, muita gente espera pela Black Friday e pela Cyber Monday – respectivamente, uma sexta-feira de inúmeras ofertas e a segunda-feira seguinte com descontos que a Black Friday em si não conseguiu vender.
Mas por vezes, são tantos os nomes que envolvem esses períodos promocionais que é até normal o consumidor ficar confuso. Mas não tema: o blog KaBuM! está aqui para ajudar você a saber qual a diferença entre todos esses termos e qual é o mais proveitoso para o seu bolso.
Qual a diferença entre Black Friday, Cyber Monday e Cyber Week?
Antes de mais nada, é importante ressaltarmos as similaridades: respectivamente, a Black Friday e a Cyber Monday correspondem à última sexta-feira de novembro e a segunda-feira seguinte.
Ambos os dias são datas onde o mercado de varejo oferece promoções bastante atraentes, descontando vários percentuais nos preços de itens que, no resto do ano, tendem a ser compras mais pesadas nos nossos cartões e carnês, como TVs, videogames, serviços de assinatura, mas engana-se quem pensa que as ofertas contemplam apenas isso: até serviços gerais, como encanadores e pedreiros, costumam fazer promoções do tipo para atrair clientela.
A Cyber Monday é que funciona como um complemento à Black Friday: isso porque a sexta-feira de ofertas cresceu tanto e projetou-se em tantos países (cerca de 20, segundo o Statista) que, hoje, é comum que as lojas não consigam queimar todo o estoque disponível, então faz sentido “esticar” o material para mais um dia.
E neste ponto, entra a Cyber Week: embora esta seja mais rara, é bem fácil de ver algumas lojas no Brasil praticando o modelo. Basicamente, é a Cyber Monday, esticada ao longo daquela semana. Nem mais, nem menos.
E quem inventou a Cyber Monday?
Em textos anteriores, nós mostramos a você como a Black Friday começou, provavelmente, em meados da década de 1950 – ironicamente, como algo problemático – e tomou a forma de grande data do comércio lá por 1970 e além.
Embora a Black Friday tenha a sua origem ainda sob debate, a Cyber Monday é uma coisa mais certeira: ela nasceu em 2005, em um termo cunhado por Ellen Davis, vice presidente executiva da Associação de Marcas de Consumo (CBA) dos Estados Unidos. A ideia original era a de que a Cyber Monday fosse a “Black Friday de segunda-feira” para que pequenos varejistas pudessem competir, por meio do e-commerce, com as grandes magazines nas suas próprias ofertas.
Isso porque, do ponto de vista de demanda por compra e venda, é péssimo para um varejista de pequeno porte brigar de igual para igual com uma grande cadeia de lojas. Pense assim: você tem seu pequeno comércio local, com seu pequeno e-commerce online e, de repente, se vê concorrendo diretamente com o Magazine Luiza. Evidente que “Magalu” tem mais estrutura, mais logística e mais abrangência, então você está em desvantagem. A Cyber Monday servia, originalmente, para que você tivesse um dia de promoções sem essa interferência.
Tanto que o “Cyber” de “Cyber Monday” é uma referência às lojas online, onde a data tende a se concentrar mais. Ao priorizar o e-commerce, com o advento do crescimento da internet no Brasil e as muitas soluções digitais de logística, é possível ao pequeno varejista conseguir alavancar suas vendas em uma data específica. Não, a lojinha de penduricalhos na pracinha perto da sua casa ainda não vai bater de frente com a “Magalu”, mas ela conseguirá estabelecer uma estratégia de vendas que, considerando a sua estrutura, ainda lhe trará bastante lucro.
O que comprar na Cyber Monday?
Bem…tudo. Embora a data ainda priorize o comércio de itens eletrônicos por meios eletrônicos, é perfeitamente possível encontrar tantas ou mais ofertas de quaisquer outros pilares que na Black Friday. Evidentemente, quem quer uma TV nova, um novo sistema de som, trocar de smartphone ou finalmente comprar o seu PlayStation 5 ou Xbox Series, a Cyber Monday pode ser uma pedida melhor que a Black Friday.
Mas não são raras as promoções da segunda-feira para livros, músicas, serviços por assinatura e similares. A Sony, do já citado PlayStation 5, é costumeira em oferecer, por exemplo, vouchers de crédito da PlayStation Network com desconto durante a Cyber Monday.
Por via das dúvidas, observe bem ambas as datas, e se ajuste de acordo com o que você mais deseja comprar.
Qual compensa mais: Black Friday ou Cyber Monday?
É difícil apontarmos este ou aquele dia para fazer suas compras, tendo em vista que ambas as datas têm a mesma finalidade: trazer grandes ofertas e alavancar o comércio varejista de final de ano, sobretudo para quem é fã da conveniência trazida pelas lojas online.
Entretanto, tudo aponta para que a Cyber Monday tenha uma leve vantagem neste aspecto: por causa do aspecto online da data, muitas lojas conseguem aplicar descontos por meio de cupons virtuais logo de cara, na prática facilitando os preços dos usuários – o que se amplia quando se considera o foco maior em eletrônicos neste dia.
Fora isso, muito da Cyber Monday pode ser uma sobra dos estoques da Black Friday e, na ânsia de limpar as sobras para renovar os produtos para o Natal, não seria nenhuma surpresa se as lojas trouxessem descontos ainda mais notáveis que na Black Friday em si.
Uma boa ideia é avaliar suas compras priorizando os eletrônicos primeiro, e ir trabalhando suas outras demandas a partir daí: quer um notebook novo? De repente, é mais jogo você estudar a ideia de montá-lo peça por peça e, além de ter um produto customizado, pode acabar economizando na compra de uma máquina potencialmente mais poderosa do que teria se a comprasse fechadinha.
Ou de repente aquele smartphone que você já estava de olho pode ficar mais atraente na Cyber Monday caso a oferta inclua algum serviço extra, como garantia extendida ou alguma compensação por assistência técnica: imagine ter um voucher para conserto de uma tela quebrada – algo que todos nós já sofremos alguma vez na vida?
Ao final de tudo, a Cyber Monday é uma grande aposta: você pode decidir esperar até ela para comprar um produto que deseja há meses (e arriscar que seu estoque acabe antes do dia) ou aproveitar a promoção dele na própria Black Friday (e arriscar ver o mesmo produto com uma produção ainda mais interessante na segunda, porque “sobrou”).
O que você pretende fazer este ano? Conta pra gente!
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