[Crítica] Jogando por Todos: Uma História Team Liquid é um presente para fãs (e não fãs)

Mil oitocentos e vinte e seis dias ou simplesmente cinco anos. Essa é a marca que a Team Liquid, uma das principais equipes de Esports do mundo, conquistará muito em breve desde que resolveu expandir sua atuação e montar times do cenário competitivo de jogos eletrônicos em solo brasileiro.

Mas nada de apenas um post comemorativo ou Reels no Instagram para celebrar esse feito especial: os responsáveis pela gestão do time no Brasil foram além e decidiram lançar um documentário — pra lá de emocionante — intitulado Jogando por Todos: Uma História Team Liquid.

Como é de se imaginar, o documentário de aproximadamente duas horas de duração conta os bastidores dos cinco anos da presença do time no Brasil. O ponto é que a obra apresenta imagens inéditas, como entrevistas com atletas e staff, além de cenas de bastidores nunca antes vistas.

E a boa notícia para os curiosos é que o blog KaBuM! foi convidado para assistir em primeira mão o documentário, lançado no último dia (8), no Cinemark do Shopping Pátio Higienópolis (São Paulo).

O parecer dessa obra você confere logo abaixo.

Uma apresentação para novos torcedores…

Primeiramente, é importante frisar que o documentário não exige conhecimentos prévios. Isso significa que não importa se você joga ou não videogame, conhece ou não o cenário de Esports ou torce ou não pela Team Liquid: a obra vai dar um contexto geral sobre tudo.

Para os que não conhecem, será possível ver toda a estruturação do time no Brasil. Mais que isso, o espectador conhecerá todos os times formados (Rainbow Six Siege, Free Fire, Fortnite e Valorant) e acompanhar brevemente a trajetória dos elencos e o troca-troca de atletas.

Tanto os pro players quanto membros do staff são apresentados, o que não só facilita a identificação como também cria um sentimento de proximidade. Não conhece determinado(a) jogador(a)? Fique tranquilo: após poucos minutos de história você estará torcendo pelo atleta ou desejando sua saída.

Imagem: reprodução/Team Liquid

O documentário segue a cronologia da Team Liquid de 2018 até 2023. Por conta disso, as histórias são contas de forma simultânea. Acompanhamos determinado campeonato da equipe de Rainbow Six Siege, por exemplo, e partimos para outra empreitada do elenco de Free Fire.

Por mais que pareça, o resultado não fica nada confuso. Pelo contrário: não só prende a atenção do espectador — quem não quer saber o desfecho de determinado fato? — como também facilita saber o desempenho da Team Liquid como um todo naquele determinado ano.

… e uma carta de amor aos fãs

E se para um leigo o documentário é interessante, para um fanático da Cavalaria a obra torna-se indispensável. Até porque são exibidas cenas inéditas de bastidores. E isso aproxima ainda mais torcedores dos atletas, uma vez que os cotidianos e personalidades são exibidas de forma curta e grossa.

Desta forma, um torcedor pode finalmente entender o motivo do time não ter ido bem em um campeonato ou o encerramento de uma line up. Talvez rumores já tivessem adiantado algo na internet, mas são as cenas de backstage que mostram tudo que estava acontecendo, de fato.

Imagem: reprodução/Team Liquid

De quebra, os fãs ainda podem acompanhar de perto um pouco da vida de um jogador profissional de Esports. E isso envolve diversos aspectos: de formação de táticas em busca da vitória até acontecimentos fora do palco que podem atrapalhar o desempenho no stage.

Mas muito além do enfoque nos atletas e na equipe de staff, Jogando por Todos: Uma História Team Liquid é quase uma carta de agradecimento à torcida que tem acompanhado o time ao longo desses cinco anos.

Algo óbvio, mas que é evidenciado e fortalecido durante toda a obra.

Jogando por Todos: Uma História Team Liquid vale a pena?

Imagem: reprodução/Team Liquid

Se não ficou claro até agora: vale! Vale tanto para quem é um apaixonado da Cavalaria quanto para um leigo fora do cenário e que quer conhecer um pouco mais sobre a cena Esports.

Por mais que o documentário seja longo, é fácil prender os olhos à telona com o desenrolar dos fatos. Tons cômicos e o linguajar despojado de quem aparece na obra também torna a experiência muito mais leve — e divertida.

Quem pôde participar do premiere certamente saiu do cinema empolgado. Mas quem não conseguiu, terá de esperar o time disponibilizar o documentário via streaming em algum momento em breve.