As medidas de emergência contra a Covid-19 em Israel, que autorizam o serviço de inteligência nacional a utilizar o rastreamento telefônico (contact tracing) antiterrorista para conter a propagação da nova variante Omicron, não tiveram boa repercussão entre os grupos de direitos civis do país. Na segunda (30), quatro deles peticionaram ao tribunal superior pela revogação da medida.

De acordo com os ativistas, o anúncio feito no sábado pelo Primeiro Ministro israelense viola decisões anteriores da Suprema Corte sobre questões de vigilância e privacidade. Isso porque a ferramenta de contact tracing é utilizada de forma contínua desde março de 2020 pela Shin Bet, uma agência de inteligência doméstica. “A operação do Serviço Secreto para rastrear cidadãos viola a confiança básica entre o cidadão e o governo”, declarou a Associação para os Direitos Civis em Israel (ACRI), um dos grupos que fizeram uma petição ao tribunal.

 

Contact tracing: grupos de direitos peticionam revogação de uso por Serviço Secreto

Imagem: Oleg Vakhromov/Unsplash

 

Anteriormente, grupos de direitos civis já haviam levantado questões sobre a privacidade à Suprema Corte, que decidiu desde então limitar o escopo de uso da tecnologia de vigilância.

O governo israelense tem até terça-feira para responder à petição, segundo a ACRI.

 

Via Reuters

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