Adiada mais uma vez, conclusão de compra da Within pela Meta fica para janeiro
Ordem de restrição temporária foi acordada em agosto, na qual a empresa disse não fechar negócio até 31 de dezembro; um julho, a FTC entrou com uma ação judicial para impedir o acordoBy - Liliane Nakagawa, 26 dezembro 2022 às 21:30
O fundador e CEO da Meta, Mark Zuckerberg, concordou em adiar a conclusão da compra do estúdio de realidade virtual, desta vez para 31 de janeiro. O acordo, que consta em processo judicial, prorroga uma ordem de restrição temporária acordada em agosto — após a Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC) entrar com processo para impedir a aquisição da Within Unlimited em julho, alegando anticompetitividade.
De acordo com o arquivo do Tribunal Distrital dos Estados Unidos para o Distrito do Norte da Califórnia, o adiamento poderá perdurar por um mês ou até o primeiro dia após as regras do tribunal serem estabelecidas sobre o julgamento preliminar da FTC. Em agosto, a Meta havia concordado em permanecer sem a conclusão da aquisição até 31 de dezembro deste ano — forçado por uma ação judicial da FTC que visava impedir o fechamento em julho.
Os reguladores sob liderança de Lina Khan alegaram que a aprovação da compra violaria as leis antitruste. “Em vez de competir pelos méritos, Meta está tentando comprar seu caminho para o topo”, disse John Newman, vice-diretor do Departamento de Concorrência da FTC, em uma declaração sobre o processo. “A Meta já possui um aplicativo fitness de realidade virtual mais vendido, e tinha a capacidade de competir ainda mais estreitamente com o popular aplicativo Supernatural da Within. Mas a Meta optou por comprar a posição no mercado em vez de ganhá-la com base nos méritos”.
Segundo uma das testemunhas da FTC, o especialista em economia Hal Singer, “o fitness é a chave para conquistar o VR”. Durante a audiência, Singer acrescentou que é isso que “mantém o Sr. Zuckerberg acordado à noite”. Em depoimento posterior, Zuckerberg disse que, de fato, não perde o sono em relação aos concorrentes de fitness VR.
Em outubro, uma nova queixa foi apresentada pela FTC, porém mais enxuta, contra a fusão pretendida pela Meta. Desta vez, concentrando-se no mercado de apps dedicados aos exercícios físicos com realidade virtual, sem alegações sobre o mercado mais amplo de aplicativos fitness de VR.
Tempos difíceis para a Meta
A audiência de sete dias ocorre em um momento delicado da Meta, em meio a demissão de 13% da sua força de trabalho e com as ações da corporação em queda, além das multas milionárias por violações à privacidade dos usuários do Facebook e Instagram.
À medida que os gastos aumentam a cada trimestre com os projetos em realidade virtual e a receita da holding decresce, investidores também têm se mostrado preocupados com os planos de Zuckerberg.
Com informações Reuters, The Verge e TechCrunch
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