A busca por uma produção mais sustentável no mercado de eletrônicos faz com que muitas empresas repensem seus atuais designs de produtos. Nessa toada, a Dell apresentou um novo conceito de notebook: o Concept Luna, que tem como principal atrativo a abordagem de construção de componentes em módulos.

No melhor estilo “Blocos de LEGO“, a ideia da empresa é entregar ao usuário a possibilidade de trocar componentes internos de forma simplificada, já que eles são encaixados internamente como módulos.

Quais os possíveis impactos dessa mudança? Bom, primeiro, isso aumentaria a vida útil de um equipamento já que a ideia é trocar apenas quando e se necessário. O que, em consequência, acaba mitigando a chamada “obsolescência programada”, que é o que faz com que os dispositivos eletrônicos atuais, em geral, precisem ser substituídos por um mais moderno em pouquíssimo tempo e que, por sua vez, gera mais lixo e resíduos que nem sempre são descartados corretamente.

Como mostra o vídeo da Dell, que foi lançado para ilustrar o funcionamento do conceito do Luna, basicamente, pode-se resumir essa nova abordagem em: queimou um módulo, ou precisa dar aquele upgrade? Sem problemas. Basta trocar o compartimento referente e ficar com a mesma carcaça e demais componentes por mais tempo.

Ainda de acordo com a Dell, a questão sustentabilidade vai além do conceito do Luna em si. O objetivo da empresa é também atuar na ponta da cadeia de produção, quando os produtos são descartados também.

“Imagine um futuro em que não simplesmente descartamos eletrônicos usados. Em vez disso, colhemos componentes individuais para uma segunda, terceira ou até uma quarta vida. E, uma vez que o próprio dispositivo esteja realmente no fim de sua vida útil, nós o reformamos e reciclamos para incorporar esses mesmos materiais em laptops, monitores ou telefones de próxima geração”, explica Glen Robson, CTO da divisão de Client Solutions Group da Dell.

Concept Luna, o notebook modular da Dell

O Concept Luna foi apresentado pela Dell pela primeira vez no ano passado e, durante esse meio tempo, Robson afirma que os engenheiros da empresa trabalharam para refinar o design modular interno do aparelho, que culminou em um produto mais limpo — sem adesivos, cabos e menor uso de parafusos.

“Esses refinamentos facilitam o reparo e a desmontagem de um sistema”, completa o executivo.

Para auxiliar os usuários a identificar o momento de trocar algum componente, a Dell também afirma que inseriu no notebook uma tecnologia de telemetria para diagnosticar a integridade dos componentes individuais do sistema.

“A maneira como os clientes usam a tecnologia varia e nem todos os componentes chegam ao fim da vida útil ao mesmo tempo. Pessoas que trabalham em casa, por exemplo, podem usar componentes externos, como teclados e monitores. Assim, o teclado e o monitor do notebook mal foram tocados, mesmo quando a placa-mãe está pronta para ser substituída”, comenta Robson.

O executivo faz uma analogia bem simples para exemplificar: é como quando trocamos os pneus do carro, sem necessariamente precisar trocar o carro em si.

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