A Microsoft deu mais um passo em direção à conclusão de sua aquisição da Activision Blizzard – uma proposta avaliada em US$ 69 bilhões (R$ 339,74 bilhões). Segundo o Press Start, o governo da Nova Zelândia autorizou o avanço da compra, efetivamente colocando a dona do Xbox mais perto de ser a dona de Call of Duty e outros games da publisher.

A notícia vem meio que como uma burocracia, haja vista que os maiores riscos à proposta – EUA e Reino Unido – também já avançaram com sua aprovação, embora não sem luta: inicialmente, a CMA britânica havia negado a aquisição e, nos EUA, a FTC chegou a mover um processo contra a Microsoft. O presidente da Microsoft, Brad Smith, celebrou a ocasião no Twitter:

Felizmente, para a divisão liderada por Phil Spencer, a Microsoft saiu no topo das discussões: ela venceu a FTC em duas instâncias e, diante da vitória americana, a CMA repensou sua posição e decidiu ser mais flexível a novas conversas.

A aquisição da Activision foi uma proposta encaminhada pela Microsoft em janeiro de 2022. A compra de estúdios e publishers foi a estratégia encontrada pela empresa para manter firme a concorrência com a Sony, que hoje lidera o mercado de consoles de mesa com o PlayStation 5. Antes, a Microsoft já havia adquirido a ZeniMax, dona da Bethesda – por sua vez, a empresa por trás de marcas como The Elder Scrolls, DOOM e Starfield, para citar algumas.

“Com a aprovação de hoje na Nova Zelândia, estamos livres para prosseguirmos com a nossa aquisição da Activision Blizzard em 41 países. Vamos continuar a trabalhar para resolvermos todas as preocupações posicionadas em finalmente fecharmos esse acordo definitivamente.” – Brad Smith, presidente da Microsoft

Imagem mostra um televisor com o logo da Activision Blizzard ao lado de um Xbox Series X. Aquisição da empresa pela Microsoft está enfrentando percalços na FTC americana

Imagem: FP Creative Stock / Shutterstock.com

Entretanto, foi com a Activision que o mercado reagiu mal: a publisher americana já foi a maior do mundo, e sob a sua tutela temos propriedades intelectuais bem fortes, como Call of Duty, Overwatch, Diablo e World of Warcraft. Considerando a natureza multiplataforma de quase todas essas marcas – e o peso que algumas delas têm para alavancar vendas do PlayStation, a Sony não ficou calada durante o processo, promovendo forte lobby para impedir a aquisição.

Ao final de tudo, no entanto, a Microsoft prevaleceu, e agora tudo indica que a aquisição avançará por completo, e aprovações vindas de órgãos econômicos de qualquer país são mais uma burocracia que uma batalha.

A Microsoft assegurou que, ao contrário do que fez com a Bethesda, manterá as franquias da Activision em todas as plataformas – incluindo a sua maior concorrente. Entretanto, ainda não é possível afirmar o tempo em que isso deve permanecer assim.

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