A rede social descentralizada e suportada pelo cofundador do Twitter Jack Dorsey, Damus, será removida em breve do repositório de aplicativos móveis App Store, devido ao recurso de gorjeta, encarada pela Apple como “venda de conteúdo”. Ao caracterizá-la desta forma, o aplicativo estaria em desacordo com as regras da loja, que obriga desenvolvedores a transacionar qualquer venda realizada através do sistema da Apple.

Apple quer remover aplicativo Damus por 'venda de conteúdo'

Imagem: Damus

A remoção do aplicativo Damus, na interpretação da proprietária da App Store, se deve à venda de conteúdo fora do seu sistema, ou seja sem que ela usufrua dos 30% do valor da venda. Ainda este mês, a rede social de Dorsey foi ameaçada de banimento pela empresa proprietária do repositório online, mesmo após aplicar tentativas de adequação às políticas.

A equipe do Damus ajustou o recurso de gorjeta do aplicativo, possível por meio do Lightning Network do Bitcoin. Anteriormente, a empresa explicou o motivo da remoção do botão de gorjeta nas postagens, que passou a ser visualizada apenas nos perfis dos usuários.

No entanto, mesmo após a mudança, a rede social anunciou na segunda-feira (26) que seria removida da App Store, compartilhando uma captura de tela da nota de revisão da Apple, na qual apontam o recurso de gorjeta como fora das diretrizes.

Gorjeta do Damus ‘não desbloqueia conteúdo’, rebate Dorsey

Damus planeja entrar com recursos para lutar contra a decisão da empresa de Cupertino, visto que a interpretação sobre o recurso de gorjeta encarado como venda é equivocado.

“Parece que estamos sendo removidos da App Store mesmo depois de atualizar nosso aplicativo para deixar claro que nenhum conteúdo digital é desbloqueado quando os usuários recebem gorjetas. “Os usuários só recebem gorjetas depois que as postagens são feitas, a ideia de que o conteúdo está sendo vendido é absurda. Vamos entrar com um recurso, pois essa diretriz está claramente sendo abusada e mal aplicada.”

No Twitter, Dorsey, responsável por financiar e desenvolver a rede social aberta e de protocolo aberto conhecido como Nostr, baseado em pares de chaves criptográficas, reagiu à decisão da Apple, frisando que “gorjetas não desbloqueiam conteúdo”.

Ao TechCrunch, um porta-voz da Apple respondeu que a empresa rejeitou o aplicativo após receber a última inscrição e notou que os problemas referidos anteriormente não tinham sido resolvidos.

Damus, a versão para iOS e o primeiro aplicativo móvel a aproveitar o protocolo Nostr, foi rejeitado inúmeras vezes pelas diretrizes da Apple. A aprovação só ocorreu em fevereiro deste ano. Em quatro meses, o aplicativo atingiu os 255 mil downloads globais desde o lançamento, de acordo com a companhia de análise de dados data.ai.

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