Sem dar muito alarde, a Apple liberou um aumento considerável nos preços dos seus serviços para o Brasil, exceto iCloud, Apple Arcade e Fitness+, que ficaram fora desse lote de reajustes.

A empresa não chegou a informar por escrito todos os usuários sobre o aumento nos valores, mas eles já estão valendo e é possível vê-los com detalhe no site da empresa.

O preço dos serviços da Apple no Brasil

Nessa toada, o streaming Apple TV+ ficou 50,5% mais caro, passando de R$9,90 para R$14,90 ao mês. Enquanto isso, o serviço de música Apple Music também sofreu alterações no valor, passando de R$ 16,90 no plano individual para R$21,90 – ou um aumento de 29,5%.

Logomarca da Apple TV+ é exibida em um fundo preto com letreiro prateado brilhante

Imagem: divulgação

Já o Apple One, pacote que oferece diversos serviços em uma assinatura única, passou de R$26,50 para R$34,90 no plano individual.

Os outros planos do Music e do One também sofreram ajustes, e você pode verificar todos os novos valores mensais na tabela abaixo:

 Valor único  Universitária  Individual  Familiar  Premium
Apple TV+ R$ 14,90
Apple Music R$ 11,90 R$ 21,90 R$ 34,90
Apple One R$ 34,90 R$ 45,90 R$ 79,90

Lembrando que a assinatura universitária do Apple Music já inclui uma assinatura gratuita do Apple TV+ e todos os pacotes do Apple One contém, pelo menos, quatro dos serviços da empresa — entre eles: TV+, Music, iCloud+ e Arcade.

Reajustes nos valores

Ajustas de tempos em tempos os valores praticados em um mercado é algo esperado, visto que os preços de serviços prestados por empresas acompanham a movimentação econômica da região, inflação e outros fatores que podem demandar o reajuste.

Nesse sentido, vale lembrar que o Brasil não foi o único impactado recentemente pelo aumento nos preços de serviços da Apple nos últimos meses. A partir deste mês, os valores praticados para a Apple TV+ em Chicago, nos EUA, também subiram 9%.

No caso, a motivação foi uma legislação vigente na cidade, que obriga fornecedoras de serviços de streaming a coletar o chamado “imposto sobre entretenimento” (do inglês Amusement Tax). A taxa passou a valer em 2015 e impactou os preços não apenas da Apple, mas também de outros serviços de grandes empresas como NetflixAmazon Prime e Spotify.

App Store mais cara

Além dos serviços, a Apple também irá aumentar valores praticados dentro da App Store em diversos territórios a partir de 5 de outubro. O aumento, no entanto, não teve uma explicação clara, mas deve chegar para os países Chile, Coreia do Sul, Egito, Japão, Malásia, Paquistão, Polônia, Suécia, Vietnã e todos os territórios que usam o euro como moeda.

A cobrança deve afetar compras in-app, mas não impacta os valores de renovação automática de assinaturas.

A movimentação chamou a atenção de Tim Sweeney que, como muitos sabem, já alimenta há algum tempo críticas aos preços da Apple dentro da loja de aplicativos.

O CEO da Epic Games, que já entrou com um processo de longa data contra a empresa da Maçã, não perdeu a oportunidade para afirmar que:

“Isso [o aumento dos preço] evidencia o poder de precificação do monopólio da Apple e também sua prática raramente discutida de fixar a proporção de valores para aplicativos entre regiões: os desenvolvedores escolhem o preço nos EUA e a Apple define unilateralmente o preço em todos os outros territórios”, disse Sweeney, via Twitter.

 

O executivo alfineta ainda mais, ao salientar a comparação dos valores da Apple aos praticados na Steam ou na própria Epic Games Store, “onde os desenvolvedores podem escolher as próprias estratégias de preços regionais, em resposta à concorrência local e às diferentes condições de mercado em categorias especializadas de jogos e aplicativos”, continuou.

Vale dizer que a batalha entre Epic Games e Apple continua e as empresas, inclusive, devem ser novamente ouvidas no mês que vem.

Via Eurogamer e MacMagazine

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