Quando Mark Zuckerberg anunciou a mudança do nome da empresa Facebook para Meta, o hype do metaverso se tornou uma realidade. Só se falava sobre esse universo virtual paralelo por todos os lados; literalmente, bombou! E, claro, muita gente foi atrás… de entender a já começar a investir e dar os primeiros passos na “sensação do momento”.

Meta, ex-Facebook

Imagem: Dima Solomin/Unsplash

A grande aposta do time de Zuckerberg em realidade virtual e outras tecnologias imersivas acabou incentivando empresas de diferentes setores a se mexer e começar a procurar especialistas nessas áreas. Afinal, ninguém quer ficar para trás no mundo do metaverso. Agora, ao que tudo indica, um banho de água fria. “Foi um hype de curta duração”, avalia o economista Jin Yan, da Revelio Labs.

Metaverso em queda?

Agora, em meio a preocupações crescentes de uma possível recessão, as empresas estão tirando um pouco o pé do acelerador e recalibrando suas necessidades de contratações – principalmente e algo que ainda não é essencial ou certo de retorno a curto prazo.

Números explicam. Segundo a Revelio Labs, uma empresa de consultoria de recursos humanos com sede em Nova York, depois de explodirem no meses seguintes ao surgimento da Meta no ano passado, novos anúncios de emprego com “metaverso” no título caíram 81% entre abril e junho deste ano.

Metaverso

Imagem: Rawpixel

Mais do que o possível fim do hype, a queda coincide com uma desaceleração mais ampla no setor de tecnologia nos Estados Unidos. Pior é que o momento já causou demissões em posições de empregos relacionados ao metaverso. Em grandes centros de tecnologia, como o Vale do Silício, San Francisco e Austin, no Texas, as publicações de empregos nessa área caíram 8,4% nas últimas quatro semanas, segundo o site de vagas Indeed.

Reflexo da realidade

O momento não é favorável para ninguém, inclusive para a Meta – talvez a maior apostadora do metaverso. O império de Zuckerberg viu recentemente sua empresa ser atingida pelo baixo crescimento de usuários e pelo enfraquecimento do mercado de publicidade online – o que refletiu no preço das ações da Meta, que desde o início do ano perdeu cerca de 50% de seu valor empresarial.

Resumindo, se não está fácil nem para uma das pioneiras do atual metaverso, talvez seja hora de todo o ecossistema dar um passo atrás antes dos próximos capítulos dessa história.

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