O New Yorker publicou um artigo entrevistando várias celebridades de Hollywood e uma delas – Anthony Hopkins – se mostrou crítica à crescente adoção de métodos tecnológicos que “simulam” situações ao invés de promoverem uma ambientação real para o ator em um filme.

O téspio de 85 anos foi especificamente crítico ao uso do chroma key – a famosa “tela verde” que você vê em vídeos de bastidores. Hopkins teve que usar muito o recurso quando viveu Odin, pai de Thor, nos filmes do universo cinematográfico da Marvel. Convenhamos, seria meio complicado filmar Asgard localmente já que ela 1) a terra dos deuses nórdicos e 2) não existe.

Montagem coloca o ator Anthony Hopkins vestido de Odin e como ele mesmo

Anthony Hopkins (dir.) viveu Odin (esq.)nos filmes da Marvel (Imagem: Wikimedia Commons/Marvel/Disney/Reprodução)

Para o New Yorker, Hopkins disse que a geração atual o reconhece como Odin, mas que o fato de você usar a tela verde para simular uma situação é “atuação inútil”.

“Gerações inteiras agora reconhecem Anthony Hopkins não como Hannibal Lecter, mas sim como o ‘pai do Thor’, Odin, Rei de Asgard. Eles me colocaram em uma armadura, me plantaram uma barba no rosto. [Disseram] ‘sente no trono, grite um pouco’. Se você está sentado à frente de uma tela verde, é uma atuação inútil.” – Anthony Hopkins, ator

O desgosto de Hopkins pelo chroma key é compreensível: formado em Artes Dramáticas em 1957 pela Royal Welsh College of Music & Drama, o ator natural do País de Gales teve seu começo na atuação teatral, onde trabalhou consistentemente até 1989. Paralelamente, sua carreira televisiva, iniciada em 1969, sempre envolveu filmagens in loco e situações realistas de filmagem.

Em outras palavras: ele raramente usava recursos extras – fossem eles tecnológicos ou próteses – e todo o cenário de suas atuações eram reais. Com décadas de carreira fora do chroma key, era de se esperar alguma estranheza ao recurso que ele sempre evitou.

O mesmo artigo, no entanto, cita outros profissionais do ramo que recuperaram notoriedade com os filmes da Marvel – um exemplo especial disso é Angela Bassett, que foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz pelo seu papel como a Rainha Ramonda em “Pantera Negra 2”. Foi a primeira vez que a Marvel apareceu na categoria.

“Bem, é tudo tão moderno. Nós tentamos nos manter o mais atualizados possível, e eles têm uma fórmula vencedora.” – Angela Bassett, atriz

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