Acusada de “sufocar ilegalmente a concorrência”, a Amazon é alvo de um novo processo antitruste instaurado nesta terça-feira (27) pela Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC). Advogados de 17 estados norte-americanos que assinaram a ação alegam que a gigante do e-commerce abusa de “estratégias anticompetitivas e injustas interligadas” para manter um monopólio.

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Imagem: Ascannio / Shutterstock.com

“A denúncia apresenta alegações detalhadas, observando como a Amazon está agora explorando seu poder de monopólio para enriquecer, ao mesmo tempo em que aumenta os preços e degrada o serviço para as dezenas de milhões de famílias americanas que compram em sua plataforma e para as centenas de milhares de empresas que dependem da Amazon para alcançá-los”, disse Lina M. Khan, presidente da FTC.

Segundo ela, o processo visa responsabilizar a big tech por essas práticas monopolistas e restaurar a promessa perdida de livre e justa concorrência.

Amazon resiste e nega acusações

“Se a FTC conseguir o que quer, o resultado seria menos produtos para escolher, preços mais altos, entregas mais lentas para os consumidores e opções reduzidas para pequenas empresas – o oposto do que a lei antitruste foi projetada para fazer”, alegou David Zapolsky, conselheiro geral da empresa.

A empresa defende que a ação movida pela FTC está errada nos fatos e na lei e diz que levará o caso ao tribunal.

De acordo com as acusações da FTC, a prática da Amazon de punir vendedores que oferecem preços mais baixos fora da plataforma e a sua estratégia de canalizar agressivamente os vendedores para a obtenção do estatuto Prime para os seus produtos estão entre as tácticas anticompetitivas relatadas no processo.

“A Amazon é uma monopolista que usa seu poder para aumentar os preços para os consumidores americanos e cobrar taxas altíssimas de centenas de milhares de vendedores online”, disse o vice-diretor do Bureau de Concorrência da FTC, John Newman. “Raramente na história da lei antitruste dos EUA um caso teve o potencial de fazer tão bem para tantas pessoas”, concluiu.

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