Amazon, Facebook e Google: regulamentação nos EUA quer reduzir poder excessivo de empresas
Ex-funcionária do Facebook incentivou legisladores a tomarem medidas contra empresas de tecnologiaBy - Liliane Nakagawa, 26 novembro 2021 às 20:42
Nos Estados Unidos, legisladores democratas e republicados querem cravar limites na influência que as gigantes da tecnologia, como Facebook, Amazon e Google, têm sobre a vida americana. O projeto de lei bipartidário, apresentado no início da semana, é uma tentativa de regulamentar várias questões, dentre elas aplicar mais severamente medidas antitruste.
“Estas são reformas de senso comum”, disse a senadora norte-americana Amy Klobuchar em conferência do WSJ Tech Live, ao comentar sobre a proposta que tramita no Capitólio.
O impulso desse esforço legislativo se deve muito ao testemunho da ex-funcionária e denunciante do Facebook Frances Haugen que, em outubro, incentivou legisladores a tomarem medidas acerca do papel cada vez mais destrutivo da empresa de Zuckerberg na sociedade. Segundo Klobuchar, as revelações e as preocupações de pais sobre os filhos em relação ao uso das mídias sociais foram cruciais para a tomada de ações com poder de lei.
Se aprovado, a regulamentação deverá por fim ao auto favorecimento que plataformas dominantes praticam para com seus produtos e serviços. Além disso, deve impedir essas gigantes de discriminar concorrentes menores que usam suas plataformas de uma forma prejudicial à livre concorrência.
De fato, haverá grandes implicações para essas gigantes da tecnologia na maneira como lidam com seus negócios se o projeto, que já agrada “gregos e troianos”, se tornar lei.
Como regulamentar Facebook, Amazon, Google e outras empresas da Big Tech?
Após um período de estagnação por não chegarem a um quociente comum sobre como isso poderia ser feito, Klobuchar disse que agora tem surgido consenso em relação a várias questões. Dentre eles, considerar uma revogação da Seção 230, da Lei de Decência das Comunicações de 1996, que protege as empresas de assumirem responsabilidades, em vez de preferirem uma atualização com foco na lei.
Via CNET
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