No futuro, é muito provável que ambientes de coworking e domicílios sejam compartilhados por humanos e robôs. E a Alphabet, controladora do Google, parece saber disso. Tanto que a gigante já está incorporando alguns de seus protótipos em escritórios para uma ajuda extra nas tarefas diárias.
O projeto, que desde a última sexta-feira (19) recebeu o nome de “Everyday Robots”, basicamente consiste em uma equipe dentro de seus laboratórios X focada em criar robôs de aprendizagem de uso geral. A ideia é treiná-los para que eles possam se adaptar em “espaços complexos e confusos da vida cotidiana”.
“Hoje, a maioria dos robôs ainda opera em ambientes especificamente projetados, estruturados e até mesmo iluminados para eles. As tarefas que eles concluem são muito específicas e os robôs são meticulosamente codificados para executar essas tarefas exatamente da maneira certa, no momento certo”, disse a Alphabet em uma publicação. “Acreditamos que, para os robôs serem úteis nos espaços não estruturados e imprevisíveis onde vivemos e trabalhamos, eles não podem ser programados: eles precisam aprender”, completou.
Para isso, a holding vem trabalhando há anos em um sistema integrado de hardware e software voltado para o aprendizado. Além de câmeras e sensores, as máquinas utilizam uma combinação de técnicas de machine learning para melhor compreensão do ambiente e otimização de habilidades das tarefas diárias.
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Ajudinha dos robôs
Todas essas tecnologias permitem que os robôs realizem tarefas simples, como separação do lixo, limpeza das mesas, transporte de objetos, abertura de portas e mais uma série de atividades que fazem parte da rotina de ambientes como escritórios e casas.
Existem algumas limitações, é claro. Segundo os GIFs divulgados pela Alphabet, as máquinas — que basicamente são compostas por rodas, um braço com pinça e uma “cabeça” — são relativamente lentas na execução das atividades e, de certa forma, desajeitadas.
No entanto, é bem possível que as otimizações de aprendizado tornem as práticas mais naturais e rápidas. Vale ressaltar ainda que o projeto ainda está em seus estágios iniciais e “apenas” pouco mais de 100 protótipos foram movidos para alguns dos escritórios do Google. O número deve aumentar nos próximos meses.
Se isso vai vingar ou virar produto no futuro? Possivelmente. É certo que a mão de obra humana ainda deverá ser mais barata do que adquirir uma máquina dessas, mas os testes da Alphabet — e de diversas startups — indicam que a era dos robôs está cada vez mais próxima.
Fonte: The Verge