Testamos o console portátil que roda jogos via streaming com 5G
Além do "console 5G", testamos óculos de realidade virtual e aumentada que funcionam com chips da QualcommBy - Luiz Nogueira, 16 agosto 2022 às 18:31
Durante o 5G Summit Brazil, a Qualcomm trouxe uma série de dispositivos que funcionam usando a conexão de quinta geração. Para testá-los na prática, o blog KaBuM! foi convidado para experimentar os equipamentos e conta em detalhes o que achou.
De tudo o que estava disponível, três aparelhos chamaram a nossa atenção: o Handheld (um console portátil), o Beenoculus e o Lenovo ThinkReality A3.
A começar pelo Handheld, tivemos a oportunidade de ver, na prática, como a tecnologia 5G se comporta para a jogatina. Chegamos a testar algo assim na chegada da conexão de quinta geração aqui em São Paulo, mas ainda sem um dispositivo voltado exclusivamente para games.
Games com o 5G?
Aqui temos um portátil da Razer que funciona usando sistema operacional Android e processador Snapdragon G3x Gen1, um chip voltado para os equipamentos do segmento gamer.
O que chama a atenção é a capacidade do dispositivo, que consegue, inclusive, rodar games direto do xCloud – o que, junto da rede 5G, oferece baixa latência e estabilidade.
Outras características que se destacam é a presença de uma tela OLED de 6,65 polegadas e taxa de atualização de 120Hz – além de uma câmera de 5MP. A bateria presente é de 6.000 mAh.
Em nossos testes, o console se mostrou bastante responsivo e apresentou uma opção e tanto para as jogatinas fora de casa – algo que, com a chegada das novas tecnologias de conexão, pode representar o futuro dos videogames portáteis.
Para colocar o Handheld à prova, testamos o “Forza Horizon 5”. Nesse caso, o console se comportou muito bem e mostrou que não deve nada para nenhum videogame de mesa no quesito performance.
Apesar de sofrer com algumas oscilações de conexão, o que tornou o jogo um pouco “lento” em alguns momentos, os resultados foram bastante satisfatórios.
No entanto, é importante lembrar que o equipamento é apenas um conceito e, portanto, não será lançado para o público final. Trata-se de uma demonstração criada para que desenvolvedoras se inspirem na hora de criar algo do tipo – a gente fica na torcida!
Segundo a Qualcomm, a ideia é tornar os desenvolvedores capazes de criar sistemas portáteis usando o máximo que o 5G e que o processador desenvolvido para esse fim podem oferecer.
Realidade virtual e aumentada
Já no caso do Beenoculus, um óculos de realidade virtual (VR) totalmente produzido no Brasil, nossos testes mostraram o que parece ser um pouco do metaverso, já que a imersão oferecida pela criação é bastante interessante.
À primeira vista, o dispositivo, que funciona com um processador Snapdragon XR1, parece muito com o Oculus Quest 2 e de fato ele tem quase as mesmas funções. No entanto, sua ideia é ser um dispositivo VR de entrada, com objetivo de tornar mais fácil o acesso ao metaverso.
Experimentamos uma demo de lançamento de discos. Como citado, a imersão é bastante competente, com os controles oferecendo vibrações que imitam o movimento das mãos do usuário.
Devo confessar que, até então, a tecnologia VR não havia me chamado muito a atenção – pelo menos em relação aos testes que fiz anteriormente. No entanto, com essa demo, é possível imaginar sua aplicação em diversas áreas.
Por fim, testamos o Lenovo ThinkReality A3, óculos de realidade aumentada que pode ser ligado diretamente ao smartphone do usuário.
O teste aqui foi uma experiência de raio-x de uma cabeça. Usando um aplicativo criado em apenas 5 dias, era possível usar nossa própria mão para manipular um equipamento que mostra o interior de uma cabeça, como se fosse um exame de raio-x.
Com essa “pinça”, era possível, dependendo do ponto de vista da “cobaia”, ver diferentes partes do cérebro e do rosto no geral. O legal aqui foi a mistura do real com o virtual mostrado na tela dos óculos.
Uma foto tirada das lentes por dentro ilustra bem a vista do usuário, embora não seja possível mostrar de fato como foi a experiência. Aqui, podemos considerar que esse pode ser o equipamento mais democrático para acesso da realidade aumentada, já que necessita apenas dos óculos e de um smartphone compatível com o app.
As câmeras próximas às lentes são as responsáveis por fazer o rastreamento da mão do usuário e permitir a interação com o que está sendo mostrado na tela – além de rastrear o ambiente para manter as proporções de espaço.
Tudo isso mostra como a tecnologia está evoluindo e indica o que podemos esperar da realidade virtual, aumentada e do 5G com o passar dos anos.
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