Apple é alvo de nova ação judicial no caso “Batterygate”
Ativista britânico acusa a empresa de não ter alertado os usuários de iPhone de que seus aparelhos perderiam performance com atualizaçãoBy - Cesar Schaeffer, 16 junho 2022 às 12:10
Talvez você não lembre ou sequer conheça essa história. Em 2017, a Apple admitiu ter lançado uma “atualização” para deixar os iPhones antigos, com baterias velhas, mais lentos e assim evitar que os aparelhos desligassem repentinamente. O caso ficou mundialmente conhecido como “Batterygate” e até hoje traz consequências à gigante de Cupertino. Eis que surge mais uma…
Segundo o The Guardian, a Apple enfrenta agora mais ação legal no Reino Unido apresentada por um ativista dos direitos do consumidor. O britânico Justin Gutmann acusa a empresa dona do iPhone de não ter alertado os usuários que iria reduzir a performance dos telefones com a tal atualização e, mais do que isso, não deu também a opção de desativar a configuração.
A reclamação envolve 10 modelos: iPhone 6, 6 Plus, 6S, 6S Plus, SE, 7, 7 Plus, 8, 8 Plus e iPhone X. Guttman diz que a Apple introduziu o recurso de desaceleração para disfarçar o fato de que as baterias mais antigas não aguentavam mais as novas atualizações do sistema operacional iOS.
“Em vez de fazer a coisa honrosa e legal por seus clientes e oferecer uma substituição gratuita [de bateria], serviço de reparo ou compensação, a Apple enganou as pessoas ao ocultar uma ferramenta em atualizações de software que retardaram seus dispositivos em até 58%”, diz o ativista.
Batterygate – parte II
Se Guttman vencer na Justiça, a Apple pode ter de pagar até £ 750 milhões a mais de 25 milhões de pessoas que compraram os iPhones afetados no Reino Unido.
Vale lembrar que a empresa já sofreu uma multa de € 10 milhões na Itália pelo mesmo problema. E, em 2020, concordou em pagar até US$ 500 milhões para resolver um dos processos abertos nos Estados Unidos.
O que diz a Apple
Em um comunicado enviado ao The Guardian, a Apple disse:
“Nós nunca faríamos nada para encurtar intencionalmente a vida útil de qualquer produto da Apple, ou degradar a experiência do usuário para impulsionar as atualizações do cliente. Nosso objetivo sempre foi criar produtos que nossos clientes amam e fazer com que os iPhones durem o máximo possível é uma parte importante disso.”
Via: Engadget
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