Xenobots; os robôs em forma de Pac-Man que se autorreproduzem, em vídeo
Xenobots são robôs que parecem o personagem Pac-Man e se reproduzem sozinhosBy - Renata Aquino, 2 dezembro 2021 às 16:24
A Universidade de Vermont divulgou um vídeo de sua pesquisa científica com Xenobots. Este é o nome dado a pequenos “robôs vivos”, organismos criados a partir de células de sapo que podem ser controlados pelos pesquisadores. O auge da existência dessas pequenas criaturas é o tradicional ciclo da vida: nascer, crescer e se reproduzir. Os Xenobots criam outros organismos e os pesquisadores registraram o momento.
A pesquisa foi divulgada no início de 2020 e os organismos tinham o formato circular na época. Infelizmente, muitos morriam rapidamente e, assim, os pesquisadores passaram a testar a criação de organismos em um novo formato: parecidos com o Pac-Man. Agora os Xenobots conseguem se reproduzir rapidamente e “vivem” muito mais.
Scientists at #UVM, @TuftsUniversity and @wyssinstitute teamed up to create the world’s first self-reproducing living machines.
Say hello to the next generation of #Xenobots
More #UVMresearch: https://t.co/mXQQrMTNhG pic.twitter.com/zVhjJlirib
— University of Vermont (@uvmvermont) November 29, 2021
A universidade declara que esta é a primeira vez que uma pesquisa consegue realizar robôs vivos autorreplicantes. Desenhados no computador e criados pelos inventores, os robôs juntam-se periodicamente. Cada “encontro” gera “bebês” Xenobots que saem de dentro da “boca com forma Pac-Man“, afirma o comunicado da universidade.
O sapo Xenopus gerou os robôs autorreplicantes Xenobots
Os resultados foram publicados National Academy of Sciences Proceedings, nos EUA. O sapo que gerou os organismos é chamado Xenopus laevis. A Universidade Tufts também é parceira na pesquisa.
“São células de sapo mas replicam-se de maneira muito diferente de como sapos fazem. Nenhum animal ou planta conhecida replica desse modo”, afirmou Sam Kriegman, principal pesquisador e pós-doutor em Allen Center Tuft e no Wyss Institute for Biologically Inspired Engineering da Universidade de Harvard.
A aplicação da pesquisa servirá para diversos propósitos, desde medicina regenerativa, solução de traumas, defeitos congênitos, câncer e envelhecimento, até a busca por novas vacinas contra a Covid, por exemplo.
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