CEO da Microsoft vende metade das ações da big tech antes de novo imposto
Operações totalizando 840 mil papéis da Microsoft ocorrem um mês antes da nova tarifa sobre ganhos de capital entrar em vigorBy - Igor Shimabukuro, 30 novembro 2021 às 17:42
Enquanto o mundo estava ansioso pela Black Friday, parece que Satya Nadella, CEO da Microsoft, aproveitou para fazer seu próprio saldão. Isso porque no começo da semana passada, o executivo vendeu pouco menos de 840 mil ações da big tech por um valor superior a casa dos US$ 285 milhões.
Todos os detalhes das transações foram disponibilizados em um documento da companhia enviado à Securities and Exchange Commission (SEC), a “CVM americana”. O comunicado revela diversas operações realizadas entre os dias 22 e 23 de novembro.
Mas claro, a curiosidade gira em torno do motivo das transações. No fim de outubro, a Microsoft ultrapassou a Apple e tornou-se a empresa mais valiosa do mundo. Fora isso, o Xbox e outras divisões continuam crescendo e o questionamento “Por que?” é mais que natural.
A big tech chegou a dizer que a venda das ações deu-se por “por motivos de planejamento financeiro pessoal e diversificação”, acrescentando que Nadella “está comprometido com o sucesso contínuo da empresa” e que “suas participações excedem significativamente os requisitos de participação definidos pelo Conselho de Administração da Microsoft”.
Mas a verdade é que pode ter outro motivo por trás de tudo isso.
CEO da Microsoft dando uma de “espertinho”?
Assim como outros especuladores, o tabloide americano The Wall Street Journal sugere que o movimento de Nadella possa estar ligado ao imposto sobre ganhos de capital do estado de Washington.
A lei, que entra em vigor em 1º de janeiro, afetará as vendas de propriedade de empresas, incluindo um imposto de 7% sobre as vendas de ações acima de US$ 250.000.
Curiosamente, as ações da Microsoft foram vendidas cerca de um mês antes dessa lei entrar em vigor. Se Nadella tomasse a medida a partir do ano que vem, ele perderia uma quantidade considerável de dinheiro com as transações — tendo em vista que a big tech, sediada em Washington, se enquadraria na legislação.
Vale lembrar que a hipótese não chegou a ser mencionada pela companhia — e muito menos pelo executivo. Mesmo que for verdade, não há ilegalidade nisso. De todo modo, esta é mais uma prova de que nada no mundo do business acontece ao acaso, especialmente tratando-se da empresa mais valiosa do mundo.
Fonte: Windows Central
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