Um emprego nada convencional está oferecendo aos cidadãos de Nova York até US$ 200 (pouco mais de mil reais) por dia para fazer transmissões ao vivo de cenas de crimes. Segundo reportagem do New York Post, é isso que o controverso aplicativo de vigilância Citizen está fazendo: contratando pessoas para transmitir crimes e outras emergências na metrópole.

A ideia seria encorajar outras pessoas a fazer o mesmo, porém de forma espontânea o que, segundo os criadores do app criaria uma rede de alertas em toda a cidade. Mas, acima de tudo, fortaleceria o serviço prestado pelo aplicativo.

Prometendo uma solução de alertas de segurança em tempo real em vizinhanças e bairros comerciais, a Citizen arrecadou US$ 133 milhões de patrocinadores – incluindo algumas grandes empresas do Vale do Silício.

O aplicativo vigilante

A maioria dos vídeos na plataforma vem mesmo de voluntários que acabaram de presenciar alguma emergência. Mas há também os “contratados” trabalhando para a Citizen que passam o dia atrás de tragédias para alimentar o conteúdo da plataforma.

Aplicativo paga até US$ 200 por dia por “lives” de crimes nos EUA

Cidadãos são pagos para transmitirem crimes ao vivo em Nova York – Imagem: Maxim Hopman / Unsplash

Os alertas relatados através do aplicativo vão desde pequenas emergências, como um cachorro trancado em um carro, até incêndios, acidentes de carros e cenas de crime.

Com mais de 7 milhões de usuários em 30 cidades, a Citizen está recrutando discretamente “membros da equipe de campo” para circular pela cidade em busca de emergências.

A empresa responsável pelo app controverso diz não esconder que, realmente, alguns membros da comunidade são pagos para fazer os registros. Mas uma vaga recém-divulgada em um site de empregos foi apagada quando a polêmica começou a ganhar a imprensa. No mínimo, curioso.

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