Tetris tem um final? Gamer de 13 anos ‘finaliza’ clássico no Nintendinho
Quase 40 anos após a chegada de Tetris no mercado ocidental, adolescente chega à última tela do jogo…no praticamente impossível nível 157By - Rafael Arbulu, 3 janeiro 2024 às 11:17
Finalmente aconteceu: Tetris, o clássico jogo de empilhar blocos e eliminar linhas desenvolvido por Alexei Pajitnov em 1988, foi terminado. Ou tão “terminado” quanto possa ser: não é como se ele fosse Final Fantasy, com uma história longa e um “final” narrado.
Na realidade, “fechar Tetris” implica apenas em você ir tão longe que a memória do jogo acaba “quebrando” a partida – dados demais em acúmulo fazem isso – e tal feito finalmente foi realizado por mãos humanas. Especificamente, o adolescente estadunidense Willis “blue scuti” Gibson, de 13 anos.
É importante ressaltar o contexto aqui: “quebrar” o Tetris não é algo inédito. Durante décadas, o nível 29 do jogo foi considerado o seu “final”, tendo em vista que, nesta fase, os blocos se movem mais rapidamente em relação aos dedos do jogador, sendo impossível alinhá-los corretamente para eliminar as linhas.
Foi só em 2010 que Thor Ackerlund desenvolveu a técnica conhecida como hypertapping, uma espécie de “método de speedrun” na qual você – e não temos como explicar isso de forma mais óbvia – “vibra” os dedos tal qual um Flash dos controles a ponto de superar a velocidade dos blocos. Com isso, Ackerlund chegou ao nível 30 e, rapidamente e pelo mesmo método, outros jogadores foram conduzindo o jogo até novembro de 2023, quando atingimos o nível 148.
Paralelamente, níveis posteriores também foram atingidos via inteligência artificial e uma versão modificada de Tetris, que acomodava mais dados em memória.
E agora, em 2024, Gibson finalmente conseguiu, tornando-se o primeiro humano a atingir – sem modificações nem auxílios externos – o “fim” de Tetris, jogando até o nível 157 e forçando o jogo a “quebrar” por falta de memória. A saber, o jovem realizou o feito em um NES (o famoso “Nintendinho”, de 1983).
Claro, para um jogo contínuo como esse, o “fim” não é bem o fim, e já existem outros jogadores do cenário competitivo estudando o método usado por Gibson para, quem sabe, ir além do recorde postado pelo adolescente.
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