Em setembro de 2020, a Microsoft anunciou a aquisição da ZeniMax Media — a dona da Bethesda Softworks — por US$ 7,5 bilhões (R$ 35,7 bilhões em conversão direta). Mas somente agora, após quase três anos, que a big tech revelou o real motivo de ter feito a operação.

Evidente que tornar-se dono de franquias como DOOM, The Elder Scrolls e Fallout é um atrativo dos grandes. Mas a verdade é que a Microsoft decidiu adquirir a dona da Bethesda para evitar que Starfield fosse um título exclusivo do rival PlayStation.

“Quando adquirimos a ZeniMax, um dos motivos para isso é que a Sony havia feito um acordo para Deathloop e Ghostwire […] em que pagou a Bethesda para não lançar esses jogos no Xbox”, revelou Phil Spencer, chefe do Xbox.

“Portanto, quando soubemos da possibilidade de Starfield não chegar ao Xbox, não pudemos aceitar uma postura de console [o Xbox] de terceiro lugar, em que ficaríamos ainda mais atrás em conteúdos próprios. Então tivemos que assegurar o conteúdo para permanecermos viáveis no negócio”, completou.

Starfield, jogo exclusivo de PC e Xbox (Microsoft)

Imagem: divulgação/Bethesda

Como resultado, Starfield será lançado exclusivamente para PC e Xbox Series X|S, a exemplo do próximo título de Indiana Jones. Desenvolvido pela Arkane Studios (controlada pela ZeniMax), Redfall também foi lançado somente para PCs e Xbox e não apareceu nos consoles da Sony.

Microsoft tenta aprovação para comprar Activision Blizzard

Como é de se imaginar, a declaração não surgiu do nada. No caso, a fala de Spencer ocorreu durante audiências marcadas com o Federal Trade Comission (FTC) dos EUA, que analisa se vai concordar ou não com a oferta da Microsoft de US$ 69 bilhões pela Activision Blizzard.

A audiência da última sexta (23) foi mais um ataque da big tech contra a Sony. E no caso, a motivação da aquisição da ZeniMax Media foi usada para justificar como a postura “agressiva e hostil” da Sony tem dificultado a concorrência nos últimos 20 anos.

Resta saber se todas essas revelações serão entendidas como um argumento válido e não como um “tiro no pé”.

Via: The Verge e Eurogamer

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