Cofundador do Twitter aumenta recompensa para quem desenvolver alternativa ao GitHub
Em postagem na rede social descentralizada Nostr, Jack Dorsey anunciou recompensa maior: de 1,2 BTC, prometido em janeiro, para 10 BTC (cerca de US$ 225 mil atualmente)By - Liliane Nakagawa, 9 março 2023 às 21:21
Desde janeiro, o cofundador do Twitter, Jack Dorsey, está à procura de um desenvolvedor que crie uma alternativa descentralizada ao GitHub, o serviço de hospedagem de repositórios de código pertencente à Microsoft. Na semana passada, em postagem na rede social Nostr, ele aumentou a recompensa de 120 milhões de SATS (equivalente a 1,2 BTC) para 1 bilhão de SATS (equivalente a 10 BTC, cerca de US$ 225 mil atualmente) para aquele que desenvolver a plataforma.
“Eu ainda acredito que é importante ter uma alternativa credível e sem permissões ao GutHub (sic!) (idealmente baseado no Nostr). Uma que o núcleo Bitcoin e todos os desenvolvedores da Nostr confiariam.
Eu aumento minha recompensa de 120 milhões de sats para 1 bilhão de sats.
https://bountsr.org/code/2023/01/19/nostr-based-github.html”, escreveu Dorsey.
Uma provável razão por trás da escolha do GitHub
Simpático à descentralização, Dorsey não tem se concentrado apenas em lançar redes sociais baseadas na Web3. O empreendedor que recentemente cofundou a rede social Nostr com Edward Snowden, também compartilha da preocupação sobre o perigo fundamental que o GitHub representa ao Bitcoin, que muitas vezes ainda é superestimado ou mal compreendido.
Hoje, grande parte do desenvolvimento do Bitcoin acontece no GitHub. O serviço de gerenciamento colaborativo de versões de projetos de software não serve apenas como lar para o código Bitcoin Core — terceiro cliente Bitcoin e baseado no código de referência original de Satoshi Nakamoto —, mas também de outros projetos de software do ambiente da moeda criptográfica.
É na plataforma, por exemplo, que o programa é hospedado e as mudanças são realizadas. Ao contrário do software que o gerencia, o portal de repositórios de código pertence e é operado pela gigante tecnológica Microsoft desde 2018, ou seja, centralizado; embora teoricamente não seja uma limitação grande, ela foge à situação ideal.
Isso porque, embora seja uma possibilidade muito remota e controversa, a empresa de Redmond poderia apagar o código Bitcoin da plataforma. É claro que isso iria arruinar permanentemente a confiança no GitHub, porém ela poderia ser forçada por uma regulamentação legal, por exemplo.
Não que isso signifique uma falha do Bitcoin, já que há outras formas de acessar o código, como recuperação de outros serviços de hospedagem de repositório ou de desenvolvedores que o tenham armazenado em seus próprios computadores (e fullnodes). Isso iria apenas acelerar o desenvolvimento de alternativas — o que Dorsey já planeja fazer.
Via Locktrainer
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