É bem provável que você vá reconhecer Skyrim como um jogo imenso, certo? Não só no seu tamanho nem nas suas mais de 230 horas de jogo para os fãs do “100% detonado”. Bom, há que se pensar que seu sucessor, tentativamente chamado “Elder Scrolls 6” seja no mínimo do mesmo tamanho, logo, “gigante”.

Não para a Microsoft. Em uma documentação de testemunho à Autoridade de Mercados e Concorrências (CMA) do Reino Unido, a empresa de Redmond referiu-se ao futuro jogo – que já está em pré-produção – como “de tamanho mediano”.

Skyrim

Imagem: Bethesda Softworks/Divulgação

A Bethesda, publisher da franquia, confirmou a pré-produção de Elder Scrolls 6 em julho de 2018, com o chefão da empresa, Todd Howard, reafirmando esse status no primeiro semestre deste ano. Obviamente, não sabemos absolutamente nada do jogo exceto que ele pode ser ambientado em Morrowind, o mesmo pano de fundo do terceiro jogo da marca. Mas isso é altamente especulativo neste momento.

A referida documentação discute a aquisição da Activision pela Microsoft. O assunto vem causando bastante burburinho no mercado internacional pois, avaliada em quase US$ 70 bilhões (R$ 371,93 bilhões), esta é a maior proposta de compra de uma empresa à outra no mercado de jogos. Mas como a Activision tem muitas franquias multiplataforma – como Call of Duty – há quem queira barrar essa negociação.

Em defesa, a Microsoft argumentou que “jogos de tamanho mediano não são evidência dos incentivos de exclusividade da Microsoft em relação a Call of Duty”. Nesta parte, a empresa americana cita Elder Scrolls 6 por nome. O trecho segue citado abaixo, com algumas partes removidas devido à natureza secreta de alguns projetos:

“Títulos como Elder Scrolls 6 (que não deve ser lançado antes de [REMOVIDO] e com a última iteração da franquia saindo em 2011), bem como outros títulos futuros, não envolvem nenhuma perda de $[REMOVIDO] por ano para o PlayStation por causa da Microsoft.”

Traduzindo: é bem provável que a Sony – maior opositora à aquisição – tenha citado outras exclusividades da Microsoft como motivo para acusar a empresa de fechar o mercado e evitar concorrências de séries notoriamente multiplataforma. A defesa da Microsoft dá a entender que, no entanto, qualquer perda financeira da Sony não deve ter causa nos jogos que a fabricante do Xbox decidir ou não fechar sob suas plataformas. Vale lembrar: Call of Duty, já prometeu Phil Spencer, seguirá no PlayStation mesmo depois da aquisição.

De uma certa forma, existem interpretações bem viáveis que nos façam entender esse RPG massivo como um jogo de tamanho médio. No que tange a escopo, Elder Scrolls 6 certamente será maior que, digamos, Call of Duty 2: Modern Warfare. Entretanto, Call of Duty tem um apelo público bem maior, apelando a uma ampla gama de usuários, em várias idades, ao passo que o jogo da Bethesda será, provavelmente, um produto de nicho.

A situação da Microsoft com a Activision já vem se espalhando para outras empresas sob a bandeira da fabricante do Xbox. Em várias documentações oficiais – incluindo esta – jogos da Bethesda (outra empresa comprada pela Microsoft) e de outras companhias já foram citadas como elemento comparativo para tentar justificar a compra.

Em outras palavras: esse assunto ainda vai render muito.

via VG247

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