A virada do ano contou com um evento problemático: um terremoto de magnitude 7.6 afetou a vida das pessoas da prefeitura de Ishikawa, a 175 km de Tóquio, capital do Japão. Segundo relatos mais recentes, além das diversas vítimas do impacto, diversas empresas do ramo de fabricação de chips tiveram suas atividades temporariamente paralisadas.

A maior parte delas, vale citar, já voltou à ativa, mas alguns dos nomes afetados são bem conhecidos do público, como Murata, Toshiba e GlobalWafers.

Imagem mostra um prédio derrubado por um terremoto no Japão

Um edifício derrubado pelo terremoto, na região de Wajima (Imagem: KYODO/Reuters)

Segundo um comunicado emitido pela Toshiba nesta terça (2), a empresa detalhou como a sua divisão de produção de semicondutores para a indústria de energia teve que ser paralisada para fins de checagem de danos à estrutura. A averiguação determinou que não houve nenhum problema que impedisse o retorno às atividades, mas a companhia ainda preferiu segurar a volta por garantia.

Vale citar: a fábrica tinha planos de expansão estrutural em algum momento de 2024. Ela, que já produz chips de 150 e 200 milímetros (mm), viria a incorporar um novo prédio onde atuaria na oferta de peças de 300 mm. A expansão ainda deve acontecer, embora de forma atrasada. A Toshiba disse, no entanto, que a nova estrutura deve contar com sistemas de defesa contra um terremoto.

A GlobalWafers disse que, das cinco plantas localizadas no Japão, duas estavam na área do terremoto. Ambas foram paralisadas nos dias 1 e 2, mas as atividades foram retomadas desde hoje cedo após avaliações técnicas determinarem que não houve nenhum dano.

A Murata ainda está paralisada, em processo de avaliação. De todas as empresas afetadas, ela é a que tinha fábricas mais próximas ao epicentro (o “meio” do terremoto: pense nele como o ponto de partida). Para fins de segurança, todos os funcionários foram mandados para casa e a empresa não informou quando as atividades serão retomadas.

Vale citar que “terremoto” é um tema meio volátil no Japão: em 2011, um evento do tipo causou um tsunami que causou o desastre nuclear de Fukushima. Hoje, a região está majoritariamente controlada (nesta semana, inclusive, as águas da região foram oficialmente confirmadas como seguras para a retomada do comércio de peixes, por exemplo), mas na época, o evento trouxe a morte de quase 20 mil pessoas.

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