O Instituto Avançado de Ciência e Tecnologia da Coreia (KAIST) criou um novo tipo de tinta eletrônica que pode ser usada para desenhar uma “tatuagem biométrica”, capaz de monitorar a saúde do seu corpo em tempo real e emitir alertas de eventuais problemas.

Segundo as informações divulgadas pela instituição acadêmica, a tinta é feita de “carbono líquido e nanotubos” que funcionam como eletrodos biológicos. Na prática, ela envia pequenos sinais elétricos a um aparelho de eletrocardiograma (ECG), que faz a leitura de informações como nível de glicose no sangue ou o ritmo cardíaco.

Imagem mostra uma mulher com cabelos longos escuros e mechas loiras, mostrando os braços adornados com tatuagem

O processo de desenho da tatuagem biométrica é o mesmo feito nos desenhos comuns, mas a tinta é feita de um material que conduz sinais elétricos que permitem o monitoramento do organismo (Imagem: Clem Onojeghuo/Unsplash)

“No futuro, nós esperamos ser capazes de integrar esta tinta com um chip sem fio, para que nós possamos nos comunicar ou enviar e receber sinais entre nossos corpos e um dispositivo externo”, disse à Reuters o líder do projeto, Steve Park, que também é professor de Ciências Materiais e Engenharia no instituto.

Apesar de, ao menos por enquanto, o projeto depender de uma conexão direta com um dispositivo externo, Park explicou que monitores de ECG podem ser posicionados até mesmo nas casas dos pacientes, dependendo do modelo. Ou ainda a pessoa pode encomendar um exame em algum centro médico: uma busca rápida no Google nos mostrou que avaliações do tipo podem ser adquiridas por preços a partir de US$ 82 (R$ 432,21) em Seul, capital da Coreia do Sul.

A tinta em si é não invasiva, feita a partir de partículas de gálio. Este é um metal macio e flexível bastante usado, por exemplo, na confecção de chips semicondutores – como processadores de computador – ou em termômetros. O metal é inserido em nanotubos de platina, que ajudam a conduzir os sinais elétricos sem difusão, o que diminui a margem de erro das leituras.

“Quando aplicada à pele, mesmo que você a esfregue, a tatuagem não sai, o que não seria possível se usássemos apenas o metal líquido”, disse Park.

O projeto ainda está na fase primária de testes, avançando aos poucos para o status onde começará a buscar financiamento para a produção em massa.

Via Reuters

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