Polícia alemã derruba site de drogas online com 17 milhões de clientes
Investigação aponta que o site ilegal de drogas online Hydra vendeu pelo menos 1,23 bilhão de euros somente em 2020By - Cesar Schaeffer, 5 abril 2022 às 14:54
A polícia alemã anunciou nesta terça-feira (5) que derrubou o maior mercado de drogas online da internet. Na darknet, a plataforma Hydra vendia substâncias ilegais desde 2015. O site também roubava dados de cartões de crédito. Cerca de 25 milhões de dólares em bitcoins foram apreendidos.
O e-commerce de drogas tinha mais de 17 milhões de contas de clientes e outras 19.000 de fornecedores, segundo a polícia alemã. O mercado ilegal usava documentos falsos para mascarar a identidade dos envolvidos.
Segundo comunicado das autoridades alemãs envolvidas na investigação, a Hydra vendeu pelo menos 1,23 bilhão de euros somente em 2020. Os suspeitos serão investigados por “operar plataformas de comércio criminoso na internet em uma base comercial”.
Um porta-voz do escritório de crimes cibernéticos do Ministério Público de Frankfurt disse à agência AFP que ainda não se sabe se a Hydra também possui servidores em outros países. Mas, ao que tudo indica, a Alemanha era o principal hub da infraestrutura de rede da plataforma ilegal.
Drogas online
As investigações sobre o site de drogas online começaram em agosto de 2021 e também envolveram várias autoridades dos Estados Unidos. Um serviço usado pela plataforma para ocultar transações digitais dificultou as investigações, de acordo com os envolvidos.
Um relatório da empresa forense de blockchain Chainalysis aponta que a Hydra respondeu por 75% das vendas no mercado global de darknet em 2020.
“A Hydra desenvolveu operações sofisticadas e exclusivas, como um sistema semelhante ao Uber para atribuir entregas de drogas a correios anônimos, que deixam seus pacotes em locais públicos escondidos e afastados, comumente chamados de ‘drops’”, descreve o relatório.
“Dessa forma, nenhuma troca física é feita e, ao contrário dos mercados tradicionais da darknet, os fornecedores não precisam correr o risco de usar o sistema postal”, acrescenta o texto.
Via: Techxplore
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