Em uma decisão que pegou muita gente de surpresa, a Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA) do Reino Unido barrou a aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft. Como justificativa, o órgão citou que há preocupações de que a fusão possa alterar “o futuro do mercado de jogos em nuvem”.

Uma nota sobre a definição foi compartilhada pelo CMA e diz que a “decisão final para impedir o acordo ocorre depois que a solução proposta pela Microsoft falhou em abordar efetivamente as preocupações no setor de jogos em nuvem”.

Segundo o que foi divulgado, essas preocupações foram citadas em fevereiro deste ano, quando o CMA disse que poderia se opor ao acordo caso os jogos em nuvem estivessem em risco de alguma forma depois do fechamento do acordo da Microsoft com a Activision Blizzard.

O que chama a atenção aqui é que a decisão foi repentina, já que, anteriormente, o órgão admitiu que o mercado de consoles não seria ameaçado pela aquisição – o que levou a uma verdadeira novela da Sony tentando provar o oposto.

Microsoft adquire Activision Blizzard, publisher de Call of Duty

Imagem: Shutterstock

Como justificativa, o CMA declarou que, atualmente, os serviços de jogos em nuvem da Microsoft já representam cerca de 60-70% do mercado global.

“O acordo reforça a vantagem da Microsoft no mercado, dando-lhe controle sobre importantes conteúdos de jogos, como Call of Duty, Overwatch e World of Warcraft. As evidências indicam que, na ausência da fusão, a Activision começaria a fornecer jogos por meio de plataformas de nuvem”, disse o órgão.

E completa: “Concluímos, portanto, que combinar o forte portfólio de jogos da Activision com os atuais pontos fortes de vários jogos em nuvem da Microsoft permitiria à Microsoft prejudicar os concorrentes atuais e emergentes de jogos em nuvem”.

Microsoft pode enfrentar problemas na aquisição da Activision Blizzard

Imagem: Shutterstock/FellowNeko

Depois de tudo isso, há duas coisas curiosas em toda a decisão. É interessante que o CMA tenha centrado suas preocupações nos jogos em nuvem, mesmo com a Sony sendo a principal opositora do acordo – e citando, principalmente, o acesso à Call of Duty.

Além disso, o principal concorrente da Microsoft nesse mercado de jogos em nuvem é a Nvidia, com o GeForce Now. No entanto, a empresa chegou a assinar um acordo de 10 anos com a Microsoft para continuar trazendo os jogos da Activision para sua plataforma.

Vale lembrar que a Microsoft ainda não se pronunciou sobre o caso, embora o vice-presidente executivo da Activision Blizzard, Lulu Meservey, tenha compartilhado em suas redes sociais que a decisão é um “revés para as ambições do Reino Unido como um centro de tecnologia”, fazendo parecer que eles estão “fechados para negócios”.

Via: PC Gamer/WCCFTech

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