A plataforma de venda de conteúdo independente OnlyFans teve um 2021 bastante proveitoso, com crescimento de 115% e faturamento de US$ 3,8 bilhões (R$ 17,16 bilhões) ano passado. Ao seu recluso fundador – o ucraniano Leonid Radvinski (40) – a plataforma desembolsou mais de US$ 500 milhões (R$ 2,61 bilhões) em dividendos.

Os ganhos vêm de um aumento imenso – porém bem menor – em 2020, o ano em que a plataforma se popularizou graças às restrições mais intensas causadas pela pandemia da COVID-19: no fim daquele ano fiscal, o OnlyFans tinha lucros brutos de US$ 61 milhões (R$ 319,13 milhões) antes dos impostos – no ano seguinte, esse valor aumentou para US$ 433 milhões (R$ 2,26 bilhões).

Imagem mostra a logomarca do OnlyFans com um celular aberto na página inicial da plataforma

Imagem: charnsitr/Shutterstock)

As informações foram divulgadas pela própria empresa dentro de seu relatório financeiro, que contempla dezembro de 2020 até novembro de 2021 – o período fiscal da companhia. O mesmo documento afirma que, ano passado, usuários da plataforma gastaram cerca de US$ 4,8 bilhões (R$ 25,11 bilhões) em assinaturas e aquisições de conteúdo.

A base de usuários e criadores também aumentou exponencialmente: em 2021, o OnlyFans chegou à marca de 2,16 milhões de criadores de conteúdo (aumento de 34% em relação a 2020) e 188 milhões de usuários (128% de aumento).

Segundo Amrapali “Ami” Gan, CEO da plataforma:

“A nossa abordagem que prioriza os criadores para a criação da mais segura rede social elevaram o OnlyFans a uma quebra de recordes em 2021. Nós estamos empoderando criadores a monetizarem seus conteúdos e terem real controle sobre ele.”

O mais interessante da notícia é o fato de que o ano de 2021 fez a plataforma ir, como diz a expressão, “de 0 a 100 muito rápido”: em agosto de 2021, a empresa anunciou que, em virtude de investimentos recebidos de empresas mais tradicionais (como administradoras de cartões de crédito e bancos), o OnlyFans deixaria de permitir conteúdo sexual – fosse ele sensual ou explícito.

A medida levou a um êxodo de criadores e à popularização de plataformas concorrentes com a mesma proposta, mas mais abertas ao conteúdo pornô, como o Fansly ou, no Brasil, o Privacy. Uma semana depois, porém, o Onlyfans voltou atrás na decisão, efetivamente recuperando os criadores que haviam prometido se afastar da empresa.

De acordo com o comunicado, o atual ano fiscal vê o OnlyFans investindo mais em conteúdo não erótico: a rede conta com um serviço gratuito de streaming chamado “OFTV” (onde a pornografia é proibida), além de investir mais em seus poderes de atração de criadores de conteúdo tradicional, como celebridades da música e de Hollywood.

Sim, segundo o site, há uma crescente vertente de conteúdo de gente vestida: o próprio blog da empresa faz listas recomendando criadores que vão desde rappers famosos (como Cardi B) até times de eSports, chefs de cozinha e personal trainers. Além disso, os canais oficiais do site promovem conteúdo não pornográfico, evitando promover pornografia, ao menos diretamente.

De acordo com o Statista, em 2021, a maior criadora do OnlyFans foi a influenciadora digital e personalidade de TV Blac Chyna, que faturou cerca de US$ 20 milhões (R$ 104,63 milhões) mensais – você deve reconhecer o nome como a ex-noiva de Rob Kardashian, irmão de Kim Kardashian. Entretanto, a influencer veicula conteúdos sensuais em seu perfil.

via Variety | Statista

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