O ano fiscal começou para boa parte das empresas de tecnologia e, no caso da Microsoft, o primeiro trimestre trouxe resultados mistos: a empresa publicou um comunicado aos seus investidores, revelando um faturamento de US$ 50,1 bilhões (R$ 264,76 bilhões), mas mas um lucro líquido de “apenas” US$ 17,6 bilhões (R$ 93,01 bilhões).

Em termos práticos: ainda que o faturamento – que é ditado pelo volume de vendas diretas de um negócio – tenha apresentado alta de 11%, o lucro, que corresponde ao valor que sobra do faturamento após as deduções, despesas e impostos, teve queda de 14%.

Windows 11

Imagem: diy13/shutterstock.com

A Microsoft não confirmou se foi esse o caso, mas é possível que essa perda de dinheiro seja relacionada à queda no volume de vendas de PCs. Segundo estimativa do IDC, o setor de computadores pessoais comercializou 15% menos unidades no terceiro trimestre de 2022. Como a Microsoft tem o Windows instalado na maior parte das máquinas novas vendidas, é natural que o sistema operacional tenha apresentado um desempenho inferior também – o que acabou derrubando a performance da empresa.

Apesar de tudo, a empresa mantém uma postura cautelosamente otimista: embora admita que as coisas ainda vão continuar caindo no próximo trimestre – na casa dos 30% para ser exato -, a Microsoft estima que tudo continuará bem acima dos níveis pré-pandemia da COVID-19, o que pode ser uma sinalização de que o ano que vem deve ser o início da recuperação da indústria de componentes de informática.

Em outras searas, a Microsoft relatou alta de 2% na divisão de dispositivos – o que inclui o headset HoloLens, acessórios assinados por ela própria para computadores e também a linha Surface. Entretanto, a empresa antecipa uma queda nisso também – novamente, 30%.

Neste ano fiscal, o Xbox cresceu (por pouco)

A “outra” divisão de hardware – a Microsoft Gaming, que lidera os esforços da empresa para a marca Xbox – obteve crescimento notável, ampliando seu volume de hardware em 14% ao mesmo tempo em que registrou uma pequena queda de software, coisa de 2%. Na prática, mais consoles Xbox foram vendidos, mas menos jogos para o Xbox foram comprados.

De acordo com a empresa, isso se deu por “uma queda no conteúdo first party [ou seja, produzido pela própria Microsoft] e third party [material publicado por outras empresas], com menores horas de engajamento e maior monetização, com a queda particularmente minimizada por um crescimento do Game Pass.”

O Game Pass, como você já sabe, é o serviço de assinatura da Microsoft, que confere acesso a um amplo catálogo de jogos do Xbox a um preço único de assinatura. Apesar do saldo positivo, Phil Spencer, o líder global da marca para o mundo todo, antecipa que o crescimento menor que anos anteriores do Game Pass pode levar a um aumento no preço do serviço.

De acordo com o CEO da Microsoft, Satya Nadella, mais ou menos a metade dos compradores do Xbox Series S, um dos dois atuais consoles da empresa, são novos clientes do setor, e não gamers de longa data – o que deve ter ajudado a impulsionar a venda de hardware da divisão.

via Microsoft

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