Plataformas de música NFT devem desbancar Spotify em 2022, prevê Saxo Bank
Especialista diz que artistas se beneficiarão das plataformas de streaming baseadas em NFT com a distribuição direta de suas produçõesBy - Cesar Schaeffer, 3 dezembro 2021 às 16:24
Não é preciso muito para notar que a criptografia, criptomoedas, blockchain, NFTs e o metaverso são termos que a gente vai ouvir (e falar) ainda mais em 2022. É um caminho sem volta; e transformador. A última nesta seara é uma previsão do Saxo Bank que diz que as plataformas de música NFT prometem tirar o trono de gigantes do streaming como Spotify e Apple Music.
Segundo um analista do banco de investimento dinamarquês, os artistas e produtores musicais se beneficiarão das plataformas de streaming baseadas em NFT, uma vez que elas permitem a distribuição de música diretamente para os usuários sem intermediários centralizados cobrando uma taxa, como é o caso dos serviços de streaming mais populares da atualidade.
Mads Eberhardt, analista de criptomoeda do Saxo Bank, lembra que Spotify e Apple Music – entre outros players do setor – ficam com pelo menos 75% de toda receita gerada nas plataformas. Assim, apenas uma pequena parte é repassada às gravadoras e, consequentemente, aos músicos.
“O uso de NFTs pode ser particularmente atraente na próxima etapa para a tecnologia de geradores de conteúdo na indústria musical, já que os músicos se sentem injustamente tratados pelos modelos de compartilhamento de receita das plataformas de streaming atuais, como Spotify e Apple Music”.
Uma ameaça chamada NFT
E não vai demorar para o jogo começar a virar. O analista observa que serviços de streaming de música baseadas em NFT devem ganhar notoriedade já em 2022. Uma das primeiras iniciativas do segmento é a Audius, uma plataforma de música blockchain apoiada por Katy Perry, The Chainsmokers e Jason Derulo.
Baseado em blockchain, a Audius é um protocolo descentralizado de compartilhamento de streaming de música projetado para remover intermediários da indústria musical e permitir que fãs e criadores interajam diretamente uns com os outros.
O outro lado dessa história, ainda de acordo com o especialista do Saxo Bank, é “desolador”. A previsão é que as ações do Spotify caiam até 33% em 2022.
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