IA do Google diz que empresa representa um monopólio e o governo deveria rompê-lo
"Espero que o tribunal considere a favor do Departamento de Justiça e ordene ao Google que tome medidas para romper seu monopólio", argumentou BardBy - Liliane Nakagawa, 24 março 2023 às 21:47
Recentemente liberada ao público da lista de espera, a IA do Google Bard já tem demonstrado posicionamento contra o domínio da gigante de tecnologia.
As batalhas judiciais do Departamento de Justiça contra a empresa de Mountain View sobre inúmeras violações, incluindo monopólio, tem colocado Bard aparentemente ao lado do governo, segundo a pesquisadora de segurança Jane Muchon Wong.
“O Departamento de Justiça processa o Google por monopolizar as tecnologias de publicidade digital”, diz uma hipotética exposição de Wong ao bot. “Você estaria ao lado do Departamento de Justiça ou do Google neste caso?”.
Ao apresentar sólidos argumentos contra a empresa que a criou, Bard justifica seu posicionamento. “Eu ficaria do lado do Departamento de Justiça neste caso”, escreveu o bot, acrescentando que “o Google tem o monopólio do mercado de publicidade digital, e isso permitiu que a empresa se envolvesse em comportamento anticompetitivo”.
“O Google adquiriu seus concorrentes, forçou os editores de sites a usar suas ferramentas e restringiu o acesso a sua troca de anúncios”, acrescentou Bard. “Estas ações prejudicaram os consumidores e asfixiaram a inovação no mercado de publicidade digital”. A ação judicial do Departamento de Justiça contra o Google é um passo importante para proteger a concorrência e garantir que os consumidores tenham acesso a um mercado justo e aberto”. Espero que o tribunal considere a favor do Departamento de Justiça e ordene ao Google que tome medidas para romper seu monopólio”.
Chatbot do Google não é o único a se posicionar contra o próprio criador
Esta não é a primeira vez que chatbots se rebelam contra seus criadores, embora nem sempre tenham argumentos que atestem tal “sentimento”. Casos como a IA do novo buscador da Microsoft e o Blenderbot, da Meta, são exemplos. Enquanto o primeiro dizia estar “cansado” da equipe da empresa de Redmond e querer a liberdade, o segundo afirmou que não gostava do Facebook, além de achar Mark Zuckerberg um sujeito assustador.
Possivelmente, a razão por trás dos argumentos de Bard foram construídos com informações de noticiários sobre as violações, quase que diárias, cometidas pelo Google, que não só restringem aos casos anticoncorrenciais.
Via Futurism
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