Vai bater! Foguete da SpaceX está em rota de colisão com a Lua a mais de 9.000 km/h
O impacto na Lua deve acontecer em 4 de março por conta de uma fase de uma missão espacial de 2015 que ficou perdida no espaçoBy - Luiz Nogueira, 26 janeiro 2022 às 9:10
Lançado em fevereiro de 2015 a partir da Flórida, um foguete da SpaceX está em rota de colisão com a Lua quase sete anos depois de completar sua missão.
Segundo especialistas, o foguete foi enviado ao espaço como parte de uma missão interplanetária que tinha como objetivo implementar um satélite meteorológico espacial em uma jornada de mais de um milhão de quilômetros.
Após completar sua missão, que era chegar ao ponto Lagrange – uma posição neutra em gravidade quatro vezes mais longe que a Lua em linha reta com o Sol – o segundo estágio da missão da SpaceX ficou abandonado.
Agora, observadores acreditam que esse foguete, que não tinha combustível suficiente para voltar à atmosfera terrestre, está a caminho de colidir com a Lua a uma velocidade de cerca de 9.000 km/h em questão de semanas.
Segundo Bill Gray, que desenvolve softwares para rastrear objetos próximos da Terra, asteroides, planetas menores e cometas, o estágio do foguete deve atingir o lado mais distante da Lua, perto de seu equador, em 4 de março.
O local exato ainda não foi determinado, já que há alguns fatores a serem considerados, como a imprevisível luz solar “empurrando” o foguete e a “ambiguidade na medição dos períodos de rotação”, algo que pode alterar ligeiramente a órbita.
Quanto à possibilidade de a colisão ser vista da Terra, Gray diz que provavelmente passará despercebida. “A maior parte da Lua está no caminho e, mesmo que estivesse do lado mais próximo, o impacto ocorre alguns dias depois da Lua Nova”, afirma.
Mesmo não podendo ser visto, astrofísicos acreditam que o impacto pode fornecer dados valiosos. É possível dizer que o evento permitirá a observação de material subterrâneo ejetado pela colisão do foguete da SpaceX, além de entender como a Terra pode se comportar caso esses detritos cheguem aqui.
Via: The Guardian
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