Demorou um bocado e muita gente pode ter esquecido de marcar na agenda, mas, finalmente, o foguete desgovernado que supostamente pertencia à SpaceX vai colidir com a Lua nesta sexta-feira, 4 de março de 2022.

O evento acontece precisamente dentro da janela prevista por cientistas ainda em janeiro, observando a trajetória e velocidade do equipamento.

Não era da SpaceX, era da China

Inicialmente, os astrônomos haviam identificado o objeto como um foguete Falcon 9, da SpaceX, que ficou à deriva após uma missão espacial iniciada em 2015. Recentemente, no entanto, perceberam que essa conclusão estava equivocada.

A descoberta foi feita por um estudante da Universidade do Arizona ainda em meados de fevereiro. Segundo observações e análises feitas pelo graduando de ciência planetária Adam Battle, o foguete, na verdade, é da China, não da companhia de Elon Musk.

Foguete da SpaceX em rota de colisão com a Lua

Imagem: Shutterstock

“Estou surpreso que possamos dizer a diferença entre as duas opções de foguete e confirmar qual deles irá se chocar contra a Lua com os dados que temos”, explicou Battle. Qual foi o fator decisivo para indicar que se tratava de uma parte da missão Chang’e 5-T1, da China? O tipo de tinta usada na pintura dos foguetes chineses e da SpaceX.

A que horas acontece o impacto do foguete na Lua?

O impacto do aparelho chinês no satélite natural da Terra deve ocorrer às 9h25 (horário de Brasília) desta sexta (4) e a colisão vai atingir uma cratera lunar conhecida como Hertzsprung, com cerca de 536 km de diâmetro.

De acordo com Paul Hayne, da Universidade do Colorado Boulder, o foguete deve ser pulverizado no instante do impacto, que pode acontecer a mais de 8.000 km/h, gerando um grande clarão de luz no local. Infelizmente, tudo vai se passar no lado oculto da Lua, impedindo a observação direta do episódio.

Impacto na Lua

Outros impactos de objetos e naves humanas na Lua (Imagem: NASA/GSFC/Arizona State University)

O lado positivo é que a comunidade científica, em sua maioria, concorda que essa é uma ótima oportunidade de aprendizado sobre a geologia lunar. Você pode conferir neste link nossa reportagem exclusiva sobre o assunto, quando o blog KaBuM! falou com cientistas brasileiros a respeito de como esse acontecimento pode, na verdade, ajudar a ciência.

Via: Cnet

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