Entre 29 de julho e 1º de agosto, a chuva de meteoros Delta Aquáridas atingiu seu maior pico, sendo observada por telescópios em quatro cidades diferentes no Sul do Brasil. Um desses meteoros, inclusive, explodiu sobre o céu do Rio Grande do Sul (RS), em uma passagem bem rápida pela nossa atmosfera.

Os Delta Aquáridas são fragmentos do cometa 96P Machholz, descoberto em 1986 pelo astrônomo estadunidense Donald Machholz. O objeto tem diâmetro de 6,4 quilômetros (km) e é considerado incomum entre outros cometas: por quase não ter carbono e cianogênio em sua composição, há suspeita de que ele venha de fora do sistema solar.

Meteoro da chuva Delta Aquáridas explode no Sul do Brasil
Meteoro da chuva Delta Aquáridas explode no Sul do Brasil
Meteoro da chuva Delta Aquáridas explode no Sul do Brasil
Meteoro da chuva Delta Aquáridas explode no Sul do Brasil
Meteoro da chuva Delta Aquáridas explode no Sul do Brasil

Segundo Carlos Roberto Jung, coproprietário do Observatório Espacial Heller & Jung, a observação dos meteoros é facilitada se entusiastas apontarem suas lentes – telescópicas ou de binóculos, de preferência – para o Leste, onde nasce o Sol; e também para o Nordeste e Sudeste, a partir das 3h00.

“Nesta madrugada, inclusive, tivemos a explosão de um dos meteoros da chuva Delta Aquáridas na região de Caxias do Sul”, contou Jung. “O meteoro entrou na atmosfera da Terra a uma altitude de 92,6 km e explodiu, se extinguindo completamente a 72,9 km. Sua duração foi de 0,88 segundos com -3,3 de magnitude”.

Animação mostra um meteoro da Chuva Delta Aquárides explodindo na atmosfera da Terra

Um dos meteoros da Chuva Delta Aquárides entrou na atmosfera da Terra, explodindo pouco depois (Imagem: Observatório Espacial Heller & Jung/Reprodução)

Delta Aquáridas

A chuva de meteoros Delta Aquáridas recebeu esse nome devido à sua localização no espaço. Seu radiante, ou seja, o local no céu por onde entram os meteoros, está perto da constelação de Aquário, a 520 anos-luz de distância da Terra (lembrando que um ano-luz equivale a mais ou menos 9,46 trilhões de km).

O fenômeno vai seguir em exibição ao longo de toda esta semana, mas o pico de luminosidade já começou a diminuir, segundo Jung, assim como foi o caso das chuvas vistas em janeiro e maio deste ano.

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